VEOLIA BUSCA EXPANSÃO NO MERCADO OFFSHORE E PLANEJA TRAZER NOVAS TECNOLOGIAS AO BRASIL | Petronotícias




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VEOLIA BUSCA EXPANSÃO NO MERCADO OFFSHORE E PLANEJA TRAZER NOVAS TECNOLOGIAS AO BRASIL

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

Luiz Felipe Guimarães, coordenador de vendas da Veolia Water TechnologiesEntramos na semana em que será realizada a 14ª Rodada de Licitações de áreas produtoras de óleo e gás. Sem dúvida, é um dos pontos altos para o mercado neste ano. Muitas empresas enxergam no leilão uma oportunidade de esquentar o ambiente de negócios. Serão oferecidos blocos tanto em terra quanto no mar. E é justamente no offshore que a Veolia pretende expandir seus negócios. De acordo com o coordenador de vendas da companhia, Luiz Felipe Guimarães, a empresa busca aumentar sua presença neste segmento, fornecendo equipamentos e prestando serviços. A Veolia, de origem francesa e presente em vários países, também planeja trazer novos produtos ao mercado nacional. “Temos um range de equipamentos próprios para mercado offshore, por isso queremos desenvolver esse mercado e trazer esses equipamentos para o Brasil“, disse. O executivo também detalhou as novidades que foram incluídas em uma das tecnologias ofertadas pela companhia, usada para o tratamento de água do mar.

Que novas características a tecnologia Sirion ganhou?

A Sirion já foi desenvolvida há algum tempo pela Veolia. A diferença de agora é que temos skids pré-engenherados. A solução vai completa. Antigamente, nós fazíamos o projeto e entregávamos customizado de acordo com a necessidade do cliente. Hoje, com base na experiência, já projetamos diversos ranges de vazões e skids que são pré-engenherados. Então, por ser um produto padrão e pré-engenherado, ele sai com um custo-benefício mais interessante. E a solução vai completa, desde a osmose reversa em si, junto com sistema de limpeza e painel, tudo em um mesmo pacote.

Isso beneficia também a questão da montagem, que agiliza o projeto. Tem ainda a questão do sistema de recuperação de energia, fazendo com que os custos sejam minimizados. A energia gira em torno de 50% ou mais do custo operacional, dependendo do tipo de cliente.

Já existem aplicações no Brasil?

Nós já temos aplicações em duas plataformas e a Veolia presta manutenção desses sistemas, por meio da base que nós temos no Rio de Janeiro.

E o foco deste produto será o setor de óleo e gás?

Na verdade, este produto pode ser aplicado para todos os mercados. Ele não foi feito com especificidades para determinados segmentos, podendo atender qualquer setor. É uma solução para tratamento de água, que não precisa ser necessariamente só do mar.

Quais são as perspectivas com o mercado de petróleo?

Nós vemos com muito bons olhos esse setor, porque é cada vez mais difícil encontrar água boa em qualquer região. Principalmente em regiões secas, como o Nordeste. É uma potencial solução para endereçar as demandas de água, não só potável, mas a que é usada com fins industriais. Cada vez mais, estamos observando que as condições de qualidade da água vêm caindo. Então, cada vez mais serão necessários sistemas de tratamento de água. 

Existem novas tecnologias em desenvolvimento?

As tecnologias para remoção de sais de água já existem: osmose, troca iônica e evaporação. O que nós estamos trabalhando são as soluções que minimizam o impacto nos gastos operacionais (OPEX). Por exemplo, na troca iônica, nós temos um sistema que reduz em 50% a necessidade de produtos químicos. Na osmose reversa, existe a questão da redução de consumo de energia elétrica. E na evaporação, nós temos diversas aplicações, dependendo do que o cliente tem (energia ou vapor).

Como a empresa planeja crescer dentro do mercado de óleo e gás?

Este setor sempre foi um dos principais mercados da Veolia. E eu acredito que vai continuar sendo. Hoje, nós trabalhamos com a própria Petrobrás, temos várias operações com eles, no onshore e offshore. Temos um range de equipamentos próprios para mercado offshore, por isso queremos desenvolver esse mercado e trazer esses equipamentos para o Brasil. Além disso, no mercado onshore, trabalhamos há décadas com a Petrobrás e também conversamos com novos operadores. É um mercado que sempre foi um foco e vai continuar sendo.

Estamos buscando expandir o fornecimento de sistemas e serviços para o mercado offshore. Temos um escritório dedicado para isso, no Rio de Janeiro, só para atender ao segmento de óleo e gás.

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