MERCADO REAGE COM APREENSÃO A ANÁLISE DO CONTEÚDO LOCAL PARA O PROJETO DE LIBRA

A conclusão da análise da ANP para o pedido do Consórcio Libra de isenção de cumprimento de Conteúdo Local foi bem recebida pelo mercado, mas com alguma apreensão.  Vamos reproduzir aqui algumas frases, embora muitos profissionais quiseram evitar suas identificações, em função de falarem pelo todo, como uma instituição. Mas suas opiniões refletem também diretamente o pensamento de algumas empresas brasileiras:

-“Vou analisar com calma. Em princípio, sou contra a modificação, pois baseados em análise de risco, foi definida a contingência nos preços devido ao risco de preços. Para modificar, é necessário definir os novos fornecimentos e redução de preços devido à redução de contingências.”

– “Achei realístico. E chegando perto do consenso para as rodadas de 7 a 13 e futuras.”

– “Considerei que foi melhor do que se estava falando.”

– “É uma guerra, mas a ANP foi mais flexível que a Petrobrás.”

– “Para módulos, fazer 48 % no Brasil está bom, mas poderia ser maior. Foi demonstrado que pode se fazer aqui.”

– “Ainda estamos analisando.”

– “Parece que o resultado é muito melhor do que se esperava. O Casco vai ser feito fora mesmo, mas mantiveram boa parte da integração no Conteúdo Local.”

– “Bom, mas complacente ainda. A confecção de módulos e construção e montagem estão em parâmetros muito baixos para a nossa capacidade. Principalmente se considerarmos que direitos e deveres são diferentes.”

– “Sinceramente acho que isso ainda está longe de ser resolvido. Não sei na prática como vai se comportar. Na parte de serviço, acho que não seremos muito afetados. Porém, na parte de material, venda de instrumentos, o reflexo pode ser grande.”

– “Sou frontalmente contra o protecionismo instaurado pelas regras de conteúdo local. O incentivo à indústria nacional deve ser dado de outras formas. O protecionismo esconde a incompetência e a baixa produtividade nacional.”