REUNIÃO SOBRE VENDA DE GÁS COM EVO MORALES FOI ADIADA ATÉ QUE O PRESIDENTE TEMER SE RESTABELEÇA

A “reunião do constrangimento” entre o presidente boliviano Evo Morales e Michel Temer, marcada para esta segunda-feira(30) teve que ser adiada em função da cirurgia feita pelo presidente brasileiro, que deve deixar o hospital ainda hoje, mas só voltará a Brasília na quarta-feira(1).  Depois de chamar o presidente Temer de Golpista, no episódio do impeachement de Dilma Roussef, Morales quer ampliar o contrato de fornecimento de gás com o Brasil, que termina em 2019. O Governo de Mato Grosso do Sul está muito interessado nesta reunião pois quer negociar o fornecimento de gás natural boliviano para a termelétrica de Ladário.

Na última quarta-feira (25) o Ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro esteve em Campo Grande para eventos e esteve em conversa com o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli e o diretor-presidente da MSGás (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul), Rudel Trindade. A intenção é dar andamento ao projeto da termelétrica de Ladário, distante 435 quilômetros de Campo Grande, que está no papel há anos. Se todas condições para a construção forem satisfeitas, a usina entrará em operação em 2023 e fornecerá energia para 1 milhão de habitantes. Existe gasoduto pronto para receber a termelétrica. É um projeto de muitos anos. O Governo tem feito trabalho no sentido de tentar viabilizar gás, que dá viabilidade para o projeto. Como envolve a Bolívia,  precisa do aval do governo federal. De acordo com o  Itamaraty, as chancelarias dos dois países irão negociar uma próxima data para remarcar a reunião.