PETROBRÁS ORGANIZA REUNIÃO UM DIA DEPOIS DA ELEIÇÃO PARA DECIDIR DESTINO DAS FÁBRICAS DE FERTILIZANTES

Uma trapalhada da gestão Pedro Parente à frente da Petrobrás, inspirada por Nelson Silva, diretor executivo de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão, vai estourar no colo do Presidente Ivan Monteiro até o final deste mês. A Petrobrás terá que decidir se acaba ou não acaba, como  tinha planejado, com o negócio de fertilizantes. Para fugir da pressão quando anunciou o fim das fábricas na Bahia e em Sergipe, a companhia recebeu uma saraivada de críticas e decidiu adiar para o final deste mês sua decisão definitiva. O governo de Sergipe acredita na promessa de que as máquinas não serão desligadas neste mês. A empresa não pode vender seus ativos, até que o Congresso decida. O mais ponderado seria  aguardar a eleição do novo presidente, já que a empresa é estatal, e decidir em conjunto o que poderá ser feito.  O governo da Bahia espera que a estatal apresente uma solução em reunião marcada para a próxima segunda-feira (8), um dia depois das eleições. A empresa diz que o grupo de trabalho formado para encontrar alternativas ao fechamento das empresas ainda não chegou a uma conclusão definitiva.

O anúncio da paralisação foi feito em março deste ano. A Petrobrás justificou que as duas unidades geravam prejuízo e que não eram o foco da sua estratégia, embora o Brasil seja o maior importador de fertilizantes do mundo, que atende a maior agricultura do planeta. Em 2017, a Fafen-BA apresentou resultado negativo de cerca de R$ 200 milhões e Fafen-SE, de cerca de R$ 600 milhões. Oito dias depois de anunciar o que chamou de hibernação, diante das fortíssimas pressões, a companhia voltou atrás e deu a data de 31 de outubro para uma decisão final. O presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, recebeu representantes do governo sergipano para uma conversa na sede da empresa, no Rio. E, na última terça-feira, o diretor responsável pelas duas unidades produtivas, Jorge Celestino, esteve com secretários de Sergipe e da Bahia para tratar do assunto. Celestino disse  que as Fafens são negócios de pequena dimensão para a Petrobrás, mas que acha possível atrair interessados para os ativos. O governo da Bahia disse que o diretor da Petrobrás pouco informou sobre os planos da companhia, mas marcou novo encontro para a próxima segunda-feira, 8, com a presença de representantes da Federação das Indústrias da Bahia.