NOVA DIRETORIA DA AMAZUL TOMA POSSE COM OBJETIVO DE AMPLIAR A ATUAÇÃO NO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO
A nova diretoria da Amazul toma posse nesta sexta-feira (10) e tem como uma de suas metas ampliar a atuação da empresa no Programa Nuclear da Marinha (PNM), no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub) e no Programa Nuclear Brasileiro (PNB). A cerimônia será às 15 horas. O novo diretor-presidente, Antonio Carlos Soares Guerreiro (foto), pretende tornar a empresa mais conhecida, demonstrando sua relevância estratégica, os benefícios que entrega à sociedade e sua importância para a busca da independência tecnológica do País.
Para lembrar, a Amazul foi constituída em 2013 para promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades dos programas nucleares e de desenvolvimento de submarinos. Dentro do PNM, atua nos projetos para construir, comissionar e operar reator nuclear de potência, totalmente nacional, e para a produção em escala industrial do combustível nuclear. A dualidade dessa tecnologia possibilitará seu emprego tanto para a propulsão naval de submarinos quanto para a geração de energia elétrica ou, ainda, para a produção de água por meio de dessalinização.
A Amazul está em busca de parcerias com empresas para aumentar o grau de nacionalização dos submarinos convencionais e de propulsão nuclear, contribuindo também para o fortalecimento da base industrial de defesa nacional. Atualmente, por meio de acordos de cooperação técnica, ajuda a desenvolver tecnologias como o Sistema Integrado de Gerenciamento de Plataforma e o Sistema de Combate de Submarinos. Seu presidente, Antonio Guereiro, diz que “Somos uma empresa dependente do Tesouro, mas temos potencial para explorar novos negócios, implantar e gerenciar empreendimentos nucleares e prestar serviços para outras empresas estatais”.
A Amazul está ampliando sua atuação no PNB. O principal empreendimento de que participa no momento, é o projeto detalhado do Reator Multipropósito Brasileiro, em parceria com a Comissão Nacional de Energia Nuclear. A principal missão do RMB é suprir o mercado brasileiro de insumos para a produção de radiofármacos usados no diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer, permitindo atender à demanda reprimida no setor de medicina nuclear. “Somos coexecutores desse empreendimento e estamos preparados para assumir novas responsabilidades no RMB”, prevê o diretor-presidente.
A Amazul mantém, ainda, cooperação técnica com a INB – Indústrias Nucleares do Brasil e o IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (para a produção de radiofármacos) e negocia parceria com a Eletronuclear para projetos em Angra 1 e Angra 3. A empresa prevê ainda a sua participação no projeto do futuro Repositório Nacional de Rejeitos Radioativos de Baixo e Médio Níveis de Radiação (RBMN). Com uma força de trabalho e estrutura adequadamente dimensionadas, a Amazul conta com cerca de 1.850 empregados, 90% deles voltados para as atividades-fim da empresa.
A solenidade da posse da diretoria será na sede da Amazul, no Butantã, em São Paulo. A diretoria (foto à direita) é constituída por Antonio Carlos Soares Guerreiro, Presidente; contra-almirante Antonio Bernardo Ferreira, Diretor de Administração e Finanças; Luís Antônio Rodrigues Hecht, Diretor de Gestão do Conhecimento e de Pessoas; e Francisco Roberto Portella Deiana, Diretor Técnico e de Operação.
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