APÓS AMEAÇA DE GREVE DE CAMINHONEIROS, GOVERNO SUSPENDE TABELA DE FRETE
O governo preferiu não arriscar e fez um recuo estratégico. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, suspendeu a tabela de preços mínimos do frete rodoviário. A decisão ainda é provisória e atende o apelo feito por caminhoneiros, que ameaçaram uma nova paralisação diante da possibilidade do tabelamento.
O ministro disse que foi observada “uma insatisfação em parcela significativa dos agentes de transporte” e que “diferenças conceituais quanto ao valor do frete e o piso mínimo que pode repercutir na remuneração final dos caminhoneiros” devem ser novamente discutidas com a categoria. Por isso, está marcada para hoje (22) uma nova audiência extraordinária para tratar do tema, às 18h. Além disso, uma nova rodada de reuniões com representantes do setor e do governo acontecerá na quarta (24).
“O diálogo segue sendo o principal mecanismo com o qual vamos buscar o consenso no setor de transportes de cargas. Por isso a importância em dar continuidade às reuniões. Estamos desde o início do ano com as portas abertas no ministério e esta tem sido a melhor forma de dar transparências às decisões que estão sendo tomadas em conjunto“, completou o ministro.
Conforme noticiamos, houve sérias críticas de alguns representantes dos caminhoneiros, que já falavam em paralisação. A proposta do governo tinha 11 categorias de carga e alterava o formato da tabela de frete, que deixaria de ser por faixas de distância e passaria a ser calculada com aplicação de coeficiente de carga e descarga, coeficiente de deslocamento e quilometragem percorrida para o transporte contratado. Os caminhoneiros, por sua vez, alegam que a resolução só considera os custos do transporte e não leva em conta a remuneração dos motoristas.
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