14ª RODADA É ENCERRADA COM BÔNUS RECORDE DE R$ 3,8 BILHÕES

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) – 

As coisas começaram devagar, mas a 14ª rodada terminou em um tom bem positivo para as contas do governo. Com as ofertas bilionárias que a Petrobrás e a americana ExxonMobil fizeram em blocos na Bacia de Campos, o leilão terminou com uma arrecadação recorde de R$ 3,84 bilhões. O investimento mínimo previsto para todas as áreas arrematadas é de R$ 845,6 milhões.

Apesar do grande volume financeiro, a licitação foi marcada pela baixa quantidade de áreas arrematadas. De um total de 287 blocos ofertados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), apenas 37 blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural foram comprados. Em entrevista coletiva após a rodada, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, e o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, destacaram que apesar do número baixo de blocos adquiridos, o resultado para o governo foi positivo.

“É necessário pontuar algumas coisas. Evidentemente que vocês viram a quantidade de blocos offshore ofertados. Durante muito tempo, esses campos não tinham sido ofertados para as empresas. Não temos ainda uma cultura de exploração terrestre. Espero que essa 14ª rodada possa reaquecer um país que não tem ainda essa tradição“, afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Ele acrescentou que o governo já esperava por uma grande competição no último lote de blocos, onde a Petrobrás e Exxon fizeram grandes ofertas, o que, segundo o ministro “mostra que empresas que estavam no País e outras que não estavam vieram para ficar no mercado nacional“.

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disse que a estratégia da agência era ter uma oferta variada de áreas para capturar empresas de diversos perfis para fomentar os setores de pequeno e médio porte. “Não é o numero de áreas que determina o sucesso do leilão. Nós conseguimos ter atividades novas nas bacias do Parnaíba, Sergipe-Alagoas, na Bahia e no norte do Espírito Santo, sem falar na retomada das atividades no Paraná. O sucesso do leilão se deu pelo voto de confiança pelas empresas que vieram trabalhar no Brasil e pelas companhias de pequeno porte que investiram em áreas de fronteira madura“.