EQUINOR COMEÇA A CAMPANHA DE INSTALAÇÃO MARÍTIMA DO CAMPO DE BACALHAU, PREVENDO EMPREGAR TRÊS MIL PESSOAS
A Equinor iniciou a campanha de instalação marítima no campo de Bacalhau, localizado na Bacia de Santos. O trabalho está sendo executado em um contrato integrado de EPCI (Engenharia, Aquisição, Construção e Instalação) com a SIA (Subsea Integration Alliance, uma aliança entre OneSubsea e Subsea7). O Seven Pacific, navio de construção/flex-lay da Subsea7, capaz de operar em profundidades de até três mil metros, é o primeiro navio de instalação marítima trabalhando no ativo, instalando infraestruturas pertencentes ao escopo de Surf (subsea umbilicals, risers e flowlines). A campanha deve ser concluída em dois anos. Além do Seven Pacific, três outros navios de construção principais trabalharão em Bacalhau para completar o campo para receber o FPSO, juntamente com outros navios de apoio. Ao mesmo tempo, a área também está recebendo a West Saturn, a primeira sonda de perfuração de Bacalhau, que está trabalhando desde novembro de 2022 na fase de perfuração do campo. A Valaris DS-17, segunda sonda de perfuração, começará suas atividades este ano.
“O início da campanha marítima é um marco muito relevante para Bacalhau, que é um projeto-chave para a Equinor. A campanha de instalação marítima é mais um passo na jornada para ser o primeiro operador internacional a desenvolver um campo no pré-sal brasileiro. Para permitir uma execução segura e sustentável do projeto, é essencial que possamos apoiar a sociedade com dados sobre o oceano”, disse Trond Stokka Meling (foto à direita), Diretor do projeto Bacalhau, da Equinor.
Como parte do projeto, a Equinor está apoiando uma aliança científica entre a Subsea7 e o National Oceanography Centre – NOC, o BORA Blue Ocean Research Alliance,financiando e adaptando ao Seven Pacific uma BORAbox, dispositivo que coletará dados de Variáveis Oceânicas Essenciais (EOV) no campo. A BORAbox consiste em sensores de pH e alcalinidade total e um sensor CTD (conductivity, temperature and depth) para fornecer medições de temperatura, salinidade e profundidade, que transmitem dados diariamente. De forma integrada às operações rotineiras, os dados estão sendo transferidos com sucesso para os cientistas, paralelamente ao período operacional. Esta colaboração entre a Equinor, a Subsea7 e seu parceiro científico National Oceanography Centre, apoiando o foco das empresas em sustentabilidade, para aprender mais sobre o oceano, é considerada pela Equinor como sendo de extrema importância para compreender o impacto das mudanças climáticas nos ecossistemas e no meio ambiente. Os dados da campanha do Seven Pacific serão acessíveis a cientistas e universidades locais do Brasil e globais, para melhor compreensão dos nossos oceanos. O campo de Bacalhau é operado pela Equinor (40%) em consórcio com ExxonMobil (40%), Petrogal Brasil (20%) e Pré-sal Petróleo SA (gestora de contrato).
Olivier Blaringhem, CEO da Subsea Integration Alliance, explicou que os projetos da empresa estão em áreas do oceano raramente visitadas pelos cientistas. “Adicionando sensores inovadores aos ROVs (Remotly Operated Vehicles), podemos coletar dados em locais inacessíveis, ampliando o alcance global das observações do oceano. Com foco nas variáveis oceânicas essenciais (EOVs), as medições terão um alto impacto em escala global. Os dados coletados são compartilhados e analisados por cientistas oceanográficos no National Oceanography Centre. Toda informação validada é formalmente disponibilizada para a comunidade científica global”, disse.
Para lembrar, Bacalhau é um ativo de classe mundial na área do pré-sal brasileiro, na Bacia de Santos. É o primeiro projeto a ser desenvolvido por um operador internacional no pré-sal do Brasil e onde a Equinor usa o seu conhecimento para gerar valor e garantir baixas emissões, gerando efeitos positivos na cadeia de suprimentos e oportunidades de emprego local. O projeto deve gerar cerca de três mil empregos durante sua fase de desenvolvimento, o que significa valor local para o Brasil. Ele está localizado a 185 km da costa do município de Ilhabela/SP, no estado de São Paulo. É um reservatório de carbonato de alta qualidade, contendo óleo leve com contaminantes mínimos. O campo contará com um dos maiores FPSOs do Brasil com capacidade de produção de 220.000 barris por dia e sistema de manipulação/injeção de gás de 15,0 mm scm³/d. O FPSO de Bacalhau será o primeiro do tipo no Brasil a usar turbinas de ciclo combinado, uma metodologia que melhora a eficiência energética ao reduzir as emissões de CO2 em 110.000 toneladas por ano.
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