ATAQUES DOS TERRORISTAS HOUTHIS NO MAR VERMELHO AINDA REPERCUTIRAM NA ECONOMIA DA EUROPA QUE ESPERA UMA SOLUÇÃO
Depois de Semanas de ataques de terroristas Houthis apoiados militarmente pelo Irã e Coreia do Norte, a navios no Mar Vermelho, diferentemente das previsões, a Europa ainda não sente muito os prejuízos. Esses ataques e o medo deles, praticamente interromperam o transporte marítimo no Canal de Suez, a rota marítima mais rápida entre a Ásia e a Europa, transportando 12% do tráfego global de contêineres. Para a economia europeia, contornando uma recessão moderada enquanto tenta livrar-se da inflação elevada. Uma perturbação prolongada seria um novo risco para as suas perspectivas e poderia inviabilizar os planos dos bancos centrais para começarem a cortar as taxas de juro este ano. Além da coalização de forças militares de 12 países, alguns governantes europeus estão considerando outra ações ao avaliarem a situação e as suas implicações, mas que ainda não se tornaram públicas. Em termos macroeconômicos, os prejuízos para Europa ainda são de pequenos à insignificantes, embora o Ministério da Economia da Alemanha, esta semana, tenha sublinhado que está monitorando a situação. Até agora o único impacto perceptível na produção, foram alguns casos de prazos de entrega prolongados, embora as fábricas da Michelin, na Espanha, tenham sido paralisadas por falta de borracha. O chefe do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, concordou com os alemães dizendo numa audiência parlamentar que “na verdade não teve o efeito que eu temia que pudesse“, embora reconhecesse que as incertezas permaneciam reais.
Ainda não se registaram impactos mais fortes e disseminadores dos ataques nos principais indicadores econômicos da Europa, incluindo os números da inflação de dezembro, que subiram ligeiramente em toda a região devido a uma combinação de efeitos estatísticos esperados. alguns deles pontuais em pressões sobre os preços dos serviços. A principal razão é provavelmente que a economia global, como um todo, ainda apresenta um desempenho abaixo do esperado, o que significa que há muita folga no sistema. O exemplo são os preços do petróleo, o canal mais óbvio através do qual os problemas no Oriente Médio poderão atingir as economias no mundo. Eles ainda não decolaram porque, como disse em Davos o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, a oferta é sólida e o crescimento da demanda está desacelerando: “Não espero uma grande mudança no preço do petróleo porque temos uma grande quantidade de petróleo entrando no mercado.”
A gigante logística alemã DHL disse que ainda tinha capacidade de carga aérea disponível, o que não é uma opção para todos. As grandes empresas de transporte marítimo estão atrasando a entrega ou não entregando. Este quadro econômico moderado também torna mais difícil para as empresas repercutirem nos consumidores quaisquer aumentos nos custos que enfrentam, por exemplo, tendo de mudar de rota em torno de África. Muitos deles reconstruíram as margens no ano passado e aceitam que talvez tenham simplesmente de engolir esta situação. “Nossa melhor previsão no momento é que seremos capazes de absorver o custo incremental que estimamos que ocorrerá e ainda alcançar melhorias na margem bruta“, disse Andy Bond, presidente executivo da Poundland. A varejista de móveis IKEA chegou a dizer que seguiria os cortes de preços planejados e teria estoques para absorver quaisquer choques na cadeia de abastecimento. Enquanto isso continuar a acontecer para um número suficiente de empresas, a perturbação não alterará o rumo da inflação dos preços no consumidor.
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