O LEGADO DA MINISTRA MARINA SILVA EM 2024 É A QUEIMA DE FLORESTAS EQUIVALENTE A UMA ÁREA DO TAMANHO DE RORAIMA ATÉ AGORA
Um resumo da eficiência do Ministério do Meio Ambiente de Marina Silva, que está sendo conhecida como “Marina Cinzas”: uma área comparável ao estado de Roraima foi queimada no Brasil entre janeiro e setembro de 2024. Isso mesmo. É estarrecedor. Foram 22,38 milhões de hectares – 13,4 milhões de hectares a mais que em 2023. O salto de um ano para o outro foi de 150%. Mais da metade (51%) ou 11,3 milhões de hectares) da área queimada nos nove primeiros meses deste ano fica na Amazônia. Os dados são do mais recente levantamento do Monitor do Fogo do MapBiomas, lançado dia 11 de outubro, revelados pela Revista Plurale, parceira do Petronotícias. Este será o legado da “Rainha do Meio Ambiente”, que deixa uma área deste tamanho queimar e coloca obstáculos e mais obstáculos para que o país possa se desenvolver e explorar petróleo em uma área que pode ser maior e com muito mais riqueza do que o pré-sal brasileiro: a Margem Equatorial. É um contrassenso absoluto amparado pelo presidente Lula, mesmo com a contrariedade do Ministério de Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia. Até onde se sabe, Marina tem um poder forte das ONGs internacionais, que inibem o presidente em demiti-la. Para quem pode ver, isso mostra fraqueza e subserviência do governo diante dos ambientalistas do Leblon que moram de frente para o mar.
Aproximadamente três em cada quatro hectares queimados (73%) eram de vegetação nativa, principalmente formações florestais, que ocupavam 21% da área queimada. Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens plantadas se destacaram, com 4,6 milhões de hectares queimados entre janeiro e setembro deste ano. Mais da metade da área queimada no Brasil (56%) fica em apenas três estados: Mato Grosso, Pará e Tocantins. Sozinho, o Mato Grosso responde por 25% do total: foram 5,5 milhões de hectares queimados entre janeiro e setembro. Pará e Tocantins ficaram em segundo e terceiro lugares, com 4,6 milhões e 2,6 milhões de hectares, respectivamente. Os municípios com maiores áreas queimadas foram São Félix do Xingu (PA) e Corumbá (MS), com 1 milhão de hectares e 741 mil hectares.
Ane Alencar, diretora de Ciências do IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo, disse que “O período de seca na Amazônia, que normalmente ocorre de junho a outubro, tem sido particularmente severo este ano, agravando ainda mais a crise dos incêndios na região – um reflexo da intensificação das mudanças climáticas, que acabam tendo papel crucial para a propagação de incêndios. Isso se reflete nos números de setembro, onde metade da área queimada na região foi em formações florestais.” Em setembro manteve-se como o pico das queimadas deste ano. Enquanto em agosto foram queimados 5,65 milhões de hectares, em setembro foram 10,65 milhões de hectares – um salto de 90% de um mês para o outro. Na comparação com setembro de 2023, o aumento é ainda maior: 181%, ou 6,8 milhões de hectares a mais queimados. A extensão queimada apenas em setembro corresponde a 47,6% de toda a área queimada no Brasil até esse mês em 2024. Repetindo o padrão verificado nos primeiros nove meses deste ano, também em setembro três em cada quatro hectares queimados (75%) no Brasil foram de vegetação nativa – a maioria em formações florestais, que representam 30% da área queimada no mês. Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens novamente se destacaram, correspondendo a 20% da área queimada em setembro de 2024.
A exemplo do total acumulado de janeiro até o mês passado, também em setembro os estados que mais queimaram foram Mato Grosso com 3,1 milhões de hectares, Pará com 2,9 milhões e Tocantins com 1,3 milhões de hectares.Os municípios de São Félix do Xingu (PA), Altamira (PA) e Ourilândia do Norte (PA) foram os que apresentaram as maiores áreas queimadas: 786 mil, 365 mil e 318 mil hectares. Um salto de 196% em relação a setembro do ano passado: é o que os 5,5 milhões de hectares queimados na Amazônia no mês passado representam. Trata-se de mais da metade (52%) do total queimado no período em todo o país. Metade do que foi queimado eram de formações florestais (2,8 milhões de hectares queimados). Outros 33% (1,8 milhão de hectares) eram de pastagem, que foi a classe de uso da antrópico mais queimada.
O Cerrado foi o segundo bioma mais afetado pelo fogo em setembro, com 4,3 milhões de hectares queimados – quase metade dos 8,4 milhões de hectares consumidos pelo fogo nos primeiros nove meses do ano e um aumento de 117% em relação ao mesmo período de 2023. É a maior área queimada em um mês de setembro nos últimos cinco anos, com 64% a mais que a média histórica para o período. A maior parte das áreas queimadas (88,3%) em setembro foi em vegetação nativa: foram 3,8 milhões de hectares, com destaque para formações savânicas (2,2 milhões de hectares) e campos alagados (1,1 milhão de hectares). “Setembro marca o pico da seca no Cerrado e isso torna o impacto do fogo ainda mais severo. Com a vegetação extremamente seca e vulnerável, o fogo se espalha rapidamente, resultando inclusive na baixa qualidade do ar nas cidades próximas, afetando a saúde das populações urbanas e rurais“, detalha Vera Arruda, pesquisadora no IPAM e coordenadora técnica do Monitor do Fogo.
No Pantanal, a área queimada entre janeiro e setembro de 2024 aumentou 2.306% (ou + 1.479.475 hectares) em comparação à média dos cinco anos anteriores. Foram queimados 1,5 milhão de hectares nos primeiros nove meses do ano. Um quinto desse total (20%) foi queimado em setembro (318 mil hectares). No mês passado, 92% da área queimada foram de vegetação nativa, sendo 38% concentrado em formação campestre e 22% em campo alagado e área pantanosa. Na Mata Atlântica, 896 mil hectares foram queimados entre janeiro e setembro de 2024, sendo que 71% da área afetada estava em áreas agropecuárias. Um quarto (25%) desse total foi queimado em setembro: foram 283 mil hectares – um aumento de 382% em relação à média anterior. A classe antrópica mais impactada foi a cana-de-açúcar, com 72 mil hectares queimados no mês passado. Por outro lado, devido à maior umidade observada este ano no Pampa, com chuvas acima da média, observou-se a menor área queimada dos últimos três anos para o período entre janeiro e setembro: 3,1 mil hectares. Também foi observada redução na Caatinga, onde 151 mil hectares foram queimados entre janeiro e setembro de 2024 – uma queda de 18% em relação ao mesmo período de 2023. Mais de três em cada quatro hectares queimados (78%) eram de formações savânicas, o que indica que o fogo está sendo utilizado para limpeza de áreas desmatadas, sem supervisão nem controle da área manejada.
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