TKK PLANEJA FECHAR PARCERIA TECNOLÓGICA COM GRUPO EUROPEU DURANTE A OTC | Petronotícias




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TKK PLANEJA FECHAR PARCERIA TECNOLÓGICA COM GRUPO EUROPEU DURANTE A OTC

Por Rafael Godinho (rafael@petronoticias.com.br) – 

A TKK, com matriz em São José dos Campos (SP), é uma das dezenas de empresas responsáveis por tornar possível a campanha de exploração do pré-sal brasileiro. Em consórcio com a DM Engenharia, a companhia vai construir 18 módulos que integrarão os FPSOs encomendados pela Petrobrás com vistas ao petróleo de águas profundas. De acordo com o diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da TKK, Walter Dias, a empresa fundada em 1982 era essencialmente uma montadora voltada para a construção civil, mas, a partir do ano 2000, mudou seu posicionamento para se dedicar ao mercado de Óleo&Gás, que hoje representa 100% do faturamento. O executivo contou ainda que estão negociando uma parceria de desenvolvimento tecnológico com um grande grupo europeu, e devem assiná-la durante a OTC 2013, que acontece entre os dias 6 e 9 de maio, em Houston (EUA).

Quem são os maiores clientes no currículo da TKK?

Entre os nossos clientes principais estão Petrobrás, Transpetro, Braskem, White Martins, Queiroz Galvão, Odebrecht  e UTC. Nós somos epecistas, temos grau A e contamos com notas técnicas expressivas em avaliações feitas pela Petrobrás. Atuamos na construção de unidades industriais para downstream, sobretudo refinarias.

Quais são os principais projetos em que estão atuando?

A TKK está trabalhando na unidade de tratamento de gás de refino da Revap (Refinaria Henrique Lage), bem como no seu tubo expansor, em consórcio com a Potencial Engenharia. Além disso, estamos providenciando o sistema de secagem de lodo e borra oleosa da Revap. Já na Rnest (Refinaria Abreu e Lima), estamos fornecendo as torres de refrigeração e estação de tratamento de dejetos industriais (em consórcio com a Egesa). Estamos nos dedicando também ao sistema de álcool da Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo. Além disso, vamos fornecer os módulos para os FPSOs replicantes do pré-sal com a DM Engenharia.

Vocês atualmente contam com quantos funcionários?

Nós contamos com 800 colaboradores diretos, além de 2 mil colaboradores em obras em consórcios. Entre os nossos parceiros estão Chemtech, Ebse, Centro Projects, Dégremont, Metasa e Spig, fornecedora de torres de resfriamento, além das nossas consorciadas.

Fale sobre o contrato com a Petrobrás envolvendo os oito FPSOs da Petrobrás e o consórcio com a DM Engenharia.

A DM Engenharia não só é nossa parceira, como é líder do Consórcio MGT (DM/TKK), com 55% de participação. Trata-se de um contrato de aproximadamente R$ 400 milhões, para fornecimento de 12 módulos de geração de energia, mais 6 módulos de desidratação de gás, com capacidade de 6 mil metros cúbicos por dia, para replicantes, em que estamos trabalhando com a Chemtech, Ebse/Frames, Brafer e Metasa. Além disso, podemos vir a fornecer mais 4 módulos de geração de energia e 2 módulos de desidratação de gás. Originalmente eram 8 navios, mas a Petrobrás optou por seis FPSOs mais dois, porque assim terá o prazo de 18 meses para confirmar ou não as plataformas adicionais.

Qual será a função dos módulos fornecidos pela TKK?

Serão três módulos por FPSO, sendo dois de geração de energia e um de desidratação de gás. Cada módulo de geração terá potência de 50 MW. Ao todo, serão 100 MW por FPSO. A primeira entrega está prevista para 19 de julho de 2014, o log-out para a p-66, na nossa fábrica de módulos em Itajaí. O último módulo, considerando o total inicial de seis unidades, será entregue em 29 de fevereiro de 2016. O intervalo é a cada quatro meses.

Vocês responderão por quais pacotes na construção dos FPSOs?

Dos cinco pacotes de fornecimento de módulos para os FPSOs, nosso consórcio com a DM Engenharia está fornecendo os pacotes n. 2 (de desidratação de gás) e n. 5 (módulos de geração). Já o pacote n. 3 está sendo fornecido pela Iesa Óleo&Gás e o pacote n. 4 pela Tomé Engenharia. O pacote n. 1 diz respeito à integração de todos os módulos. Cada FPSO deverá produzir 150 mil barris por dias, ou seja, quando o projeto for totalmente implementado, deve representar quase metade da capacidade de produção atual do país.

Qual é o faturamento da TKK? Quanto o mercado de Óleo&Gás representa para o faturamento da TKK?

Em 2010, 2011 e 2012, praticamente 100% [de envolvimento com Óleo&Gás). A TKK tem um faturamento anual de R$ 200 milhões, e R$ 500 milhões em backlog, a faturar. No entanto, existe um programa de diversificação em andamento que deve reduzir o faturamento para 70%, a fim de equilibrar mais essa participação, destinando os demais 30% para mineração e papel e celulose. Já temos projetos em andamento para 2013 nessas outras áreas, que não podem ser revelados porque não está fechada a contratação. Há também um grande acordo com um fornecedor de tecnologia que poderá ser revelado nas próximas semanas.

Quais os demais projetos em Óleo&Gás na agenda da TKK?

Temos um contrato de R$ 800 milhões envolvendo torres de refrigeração e estação de despejos industriais da Rnest – aquele consórcio com a Egesa. Mais de 80% já foi executado. Estamos também entrando forte no mercado de manutenção offshore e no fornecimento de módulos de acomodação para FPSO e navio sonda, além de manutenção e melhorias operacionais de refinarias, o que está em andamento na Revap (Refinaria Henrique Lage), no terminal de São Sebastião. 

Como está o andamento da construção dos módulos encomendados para os FPSOs?

Sobre o primeiro módulo, a fábrica está praticamente concluída. Quanto ao projeto de detalhamento que está sendo produzido no Rio de Janeiro pela Chemtech, ele já avançou mais de 80%. Os principais equipamentos – as turbinas fornecidas pela Petrobrás e fabricadas pela Rolls Royce – vão ter transporte iniciado para os canteiros de obras nos próximos 60 dias e está sendo iniciada a fabricação de equipamentos de unidade de desidratação de gás aqui e na Europa. Hoje temos 400 pessoas trabalhando nisso e chegaremos a mil trabalhadores nos módulos. O número está dentro dos 2 mil trabalhadores aos quais me referi antes.

Vão participar da OTC? Quais as expectativas com a feira?

Vamos participar e a expectativa é muito boa. Vamos eu e o Samuel Miranda [presidente da TKK]. Estamos discutindo a assinatura de uma parceria de desenvolvimento tecnológico com um grande grupo europeu de construção offshore. Ainda não podemos divulgar o nome da empresa nem os termos do acordo, mas a ideia é que seja fechado lá.

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Sérgio L. R. GuimarãesAlexsandro Vitor da Silva Recent comment authors
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Alexsandro Vitor da Silva
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gostaria de fazer parte da empresa estou a disposiçao da empresa estou desempregado trabalhei na refinaria de paulinia desde de 2003 desde já agradeço tenho muito conhecimento na area de almoxarifado.
aguardo resposta

Sérgio L. R. Guimarães
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Sérgio L. R. Guimarães

Possuo significativa experiência nas áreas de Óleo e Gás (Offshore e Naval), Manutenção, Montagem, Produção, Fiscalização e em obras de um modo geral, sempre ocupando cargos de confiança e atuando em empresas conceituadas no mercado de trabalho como: Siemens Óleo e Gás, UTC Engenharia, Maua Jurong, Marítima Petróleo e Engenharia, Vetco Aibel, Maua (Grupo CCN – Cia. de Comércio e Navegação) e Grupo Votorantim.
Possuo também: boas referências profissionais à nível de presidência/ diretoria de empresas que me conhecem, atuando nestas áreas a algum tempo, boa fluência verbal, fácil adaptação a novas empresas/ serviços, etc..
Contatos:
Sérgio
Cel.: (21) 9 9614-8407
E-mail: slrgjulina@hotmail.com