SBM INICIA CONVERSÃO DE FPSOs PARA LULA ALTO E LULA CENTRAL
Por Rafael Godinho / rafael@petronoticias.com.br
Em julho, a SBM Offshore, dedicada ao mercado upstream de Óleo&Gás, assinou o maior contrato de sua história. O acordo de US$ 3,5 bilhões abrange a fabricação e afretamento de duas plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos. Os FPSOs Cidade de Maricá e Saquarema, previstos para 2015 e 2016, deverão ser construídos em consórcio com a Queiroz Galvão Óleo & Gás, a Mitsubishi e a NYK, e serão alocados nos campos de Lula Alto e Lula Central, no bloco BM-S-11. Segundo Eduardo Chamusca de Azevedo, diretor de Desenvolvimento de Negócios, a conversão dos cascos já começou, assim como a fase de detalhamento de engenharia. “Esperamos dar início à construção dos módulos no Brasil em 2013”, afirma o executivo. De acordo com ele, o pré-sal brasileiro é um dos dois mercados com maior potencial para a SBM Offshore.
A SBM está presente em quais países?
Hoje a SBM está presente em mais de 11 países. Além do escritório de gestão de projetos no Rio de Janeiro, e bases offshore em Macaé, Santos, Vitória e Nigéria, a SBM possui Centros de Execução na Holanda, em Mônaco, Estados Unidos e Malásia. Existe também um centro tecnológico na França, escritório financeiro na Suíça e base de gestão para acompanhamento da conversão de cascos e fabricação de módulos em Singapura e China. As operações em Angola também são bastante extensas, através de seu próprio estaleiro Paenal.
Atualmente quais são as regiões do mundo mais atraentes para a SBM Offshore?
O mercado está dando grande ênfase nas descobertas do pré-sal, tanto no Brasil, quanto no Oeste Africano. Esses são hoje os mercados com maior potencial, e onde a SBM tem tido consistente sucesso em seus negócios.
Qual é o maior empreendimento do portfólio da SBM?
A companhia acabou de assinar o maior contrato de sua história (US$ 3,5 bilhões). Trata-se da fabricação e do afretamento de dois complexos FPSOs para o pré-sal da Petrobrás, Petrogal e BG. Eles serão alocados nos campos de Lula Alto e Central, e se chamarão Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema. As unidades serão construídas e operadas em consórcio com a QGOG [Queiroz Galvão Óleo & Gás], a Mitsubishi e a NYK.
Desde quando a SBM está no Brasil? Quais as maiores oportunidades no país e quais os maiores obstáculos para atuar no Brasil?
Estamos no Brasil como operadores desde 1997, com a abertura da base offshore em Macaé. Em 2010 foi aberto o nosso escritório no Rio de Janeiro, com foco no desenvolvimento de projetos com altos níveis de conteúdo local. Desde o começo, a SBM teve visão para transformar os obstáculos inerentes aos requisitos de conteúdo local em diferencial competitivo. Através do desenvolvimento participativo de diversos fornecedores brasileiros, hoje podemos dizer que a SBM se sente parte integrante da engenharia nacional. Prova disso são as fortes parcerias com empresas brasileiras como EBSE, Enaval, Metasa, Brafer e muitas outras.
Como tem sido a formação de parcerias no Brasil?
Além das fortes parcerias da SBM com as empresas locais, a companhia sempre encorajou grandes parcerias entre Technology Houses estrangeiras (como Frames Technology, Cameron, Veolia, GE e muitas outras) e empresas brasileiras. Há ótimos exemplos de joint-ventures advindas dessas interfaces, onde pode-se constatar transferência de tecnologia para as empresas brasileiras.
Além disso, hoje, a SBM, em parceria com o Grupo Synergy, está montando 10 módulos com altíssimo nível de conteúdo local em seu estaleiro BRASA, em Niterói. Em paralelo à conclusão das obras referentes ao FPSO Cidade de Ilha Bela, daremos início às obras dos FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema. Esses são atualmente nossos principais projetos no Brasil. Mas, com a grande demanda esperada, esse é só o começo.
Qual a estratégia da SBM no Brasil?
Os FPSOs são parte integrada da principal estratégia de mercado da SBM, que é a de fornecimento e operação de unidades arrendadas, que permitem com que o CAPEX seja postergado, e pago no decorrer da utilização do próprio ativo. A ideia é permitir um fluxo de caixa positivo para as Oil Companies, e tem dado bastante certo no Brasil.
Como está o andamento dos dois FPSOs do bloco BM-S-11 para a Petrobrás?
A conversão dos cascos já começou, assim como a fase de detalhamento de engenharia. Esperamos dar início à construção dos módulos no Brasil ainda em 2013. Faremos a fabricação e a operação, por vinte anos, de ambas as unidades.
Como a empresa lida com a questão do conteúdo nacional?
Esse é o maior diferencial competitivo da empresa, visto que, através de suas ações de desenvolvimento local e parceria genuína com fabricantes nacionais, a SBM se destacou da concorrência. Hoje a SBM pode dizer que, através do Estaleiro BRASA, e de seus parceiros locais, tornou-se uma empresa verdadeiramente brasileira, que desenvolve o potencial fabril do país, e que veio para o Brasil para ficar.
Veja também o artigo de Eduardo Chamusca sobre o gás xisto, publicado em abril
Prezado Sr. Eduardo, boa tarde,
A Expanjet Global é distribuidora da Tecnologia Sponge-Jet no Brasil e apresenta grande interesse em participar dos projetos ora citados. Site: http://www.spongejet.com , http://www.expanjet.com.br
Grato pela atenção.