SOLDOR PLANEJA ABRIR NOVA UNIDADE NO RIO EM 2014
Por Rafael Godinho (rafael@petronoticias.com.br) –
A Soldor, fornecedora nacional de produtos e serviços na área de soldas, pretende abrir um segundo galpão. De acordo com Gilton Pinheiro, diretor comercial, a nova unidade será provavelmente erguida nas proximidades da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) e demandará investimentos de R$ 3 milhões. A instalação seria no segundo semestre de 2014, ano em que a empresa fará 25 anos. A Soldor também estuda a abertura de uma filial em Macaé em 2015, onde já conta com representação comercial. No entanto, segundo Gilton, engenheiro químico e integrante do corpo técnico do Senai, a pouca oferta de mão de obra preparada tem sido um grande desafio. Muito mais do que quantidade, faltaria qualidade aos diversos cursos e faculdades. “Temos dificuldade de ter a mão de obra, ainda que se coloque mais salário e mais condições”, afirmou o executivo.
Como é a atuação da Soldor?
Nós somos uma empresa que trabalha na área metalúrgica. Vendemos, alugamos e reparamos máquinas de solda e produtos afins. Somos uma empresa genuinamente brasileira. Estamos no mercado há quase 25 anos, sediados no Rio de Janeiro.
Como vocês têm visto o mercado de dutos?
A área de dutos em si tem muito a crescer no Brasil. Já existe alguma coisa, mas tem muito para aumentar. O Rio de Janeiro está começando a entrar nessa linha de dutos, de pequenos dutos, de 45 km, o que é bastante pequeno, quando há dutos de 800 km etc.
Vocês atuam junto a quais empresas?
Trabalhamos com Aker Solutions, FMC Technology, Odebrecht, Enaval, Schlumberger, entre outras. E menores empresas também. Nós não trabalhamos direto para a Petrobrás, até porque é mais fácil o relacionamento e o trabalho junto a essas outras empresas.
Vocês têm feito parceria?
Nós temos tanto parceria com o cliente, como com nosso fornecedor. Por exemplo, hoje nós somos fornecedores exclusivos da Fimer, que é uma empresa italiana de máquinas de solda. E temos também parceria com a Telwin, que é uma marca também italiana. Atuamos junto a Bambozzi, Castolin Eutectic, Hypertherm, Messes Cutting Systems, Novametal, TBI Industries, Telwin, Thermosolda, entre outras.
Como teve início esse trabalho de representação?
Nós somos uma empresa com cerca de um quarto de século de mercado, então as empresas começam a nos procurar. Somos assediados por empresas asiáticas, americanas etc. Temos inclusive parceria com a americana Hypertherm. Então eles nos fazem uma visita; nós fazemos uma visita à fábrica deles, e vemos se temos condição de dar sequência no Brasil aos trabalhos que eles prometem fazer.
Quanto a área de petróleo e gás represente para vocês?
De óleo e gás, especificamente, até 20%. Mas, se você considerar o setor como um todo, o número chega a uns 40% do nosso faturamento.
Ultimamente a empresa trabalha com um projeto de expansão, como a instalação de filiais?
Por enquanto, não. O Rio de Janeiro, hoje, está repleto de obras em todo lugar que você passa. É comparável a uma Europa há 20 anos atrás. Então nós estamos no lugar certo e na hora certa, e temos a estrutura ideal. Queremos, sim, montar outro galpão para expansão dos negócios. Mas, quando se trabalha com um produto técnico, não adianta pôr a mão onde o meu handicap não alcança. Em geral, hoje cerca de 80% do nosso faturamento está no Rio. Dos outros 20%, uma parte está no Espírito Santo e outra está em Minas Gerais, o que inclui Juiz de Fora, um pouco do sul de Minas e Triângulo Mineiro.
Vocês já têm perspectivas para o novo galpão?
Nós já fizemos um levantamento para o projeto no local, que provavelmente será na zona oeste, próximo à CSA, e os investimentos ficariam em torno de R$ 3 milhões, para instalação a partir do segundo semestre de 2014. Temos também intenção de montar uma filial em Macaé futuramente. Já participamos de feiras lá e temos alguns negócios em Macaé. Hoje, nós já contamos com uma representação comercial. Por isso, temos expectativa de estarmos em Macaé a partir do primeiro semestre de 2015, mas ainda não temos perspectivas de custo ou investimento.
O senhor apontaria algum desafio para a expansão do setor no país?
Hoje um dos grandes entraves do país é a mão de obra. Nós precisamos expandir nossas atividades, mas temos tido dificuldade pela falta de mão de obra, ainda que se coloque mais salário e mais condições. Na área de metalurgia, a década de 90 foi uma década morta; não se formaram profissionais novos. Aqueles que havia foram se aposentando. Entrou a primeira década do terceiro milênio, veio a necessidade, já estamos na segunda década e cadê o profissional? Vê-se uma expansão muito grande de escolinhas, muitas pequenas empresas de solda, mas será que quem está à frente tem formação de fato? Será que consegue passar da teoria à prática correta? Ao longo de 25 anos nesse mercado, a gente encontra muita coisa boa, mas também de qualidade duvidosa.
Post muito interessante!
Tenho acompanhado seu blog e você sempre arrasa nas postagens.
Muito Obrigado!
Abração!