CPI DA PETROBRÁS ESVAZIADA SÓ PROMETE EMOÇÕES FORTES NA PRÓXIMA SEMANA
A véspera da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo promete ser também de muita tensão para quem vive o dia a dia das informações que podem ser reveladas pela CPI mista da Petrobrás. Na próxima terça-feira, dia 10, o ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, irá à Brasília para prestar depoimento aos deputados e senadores. Para os parlamentares da oposição, o dia promete ser bastante promissor, a julgar pela entrevista dada por Costa à Folha de São Paulo. Ele disse que a Petrobrás não sabia quanto custaria a Refinaria Abreu Lima porque nem projeto fez para a execução da obra. Dentro da companhia as declarações caíram como uma bomba, irritando profundamente os profissionais que estiveram e ainda estão envolvidos na construção da refinaria. A oposição tem a expectativa de roupa suja lavada fora de casa.
Sem enfrentar perguntas incômodas ou duras em seus depoimentos à CPI nesta terça-feira(3), o ex-gerente Executivo Internacional da empresa Luis Carlos Moreira da Silva (foto) e o gerente de Segurança Empresarial da estatal, Pedro Aramis de Lima Arruda, defenderam os negócios da Petrobrás. Silva apontou três vantagens na compra de Pasadena. A refinaria permitiu entrar no mercado dos Estados Unidos, está conectada a um oleoduto, ligando-a ao principal mercado consumidor do país, e tinha espaço disponível para ampliação. Disse também que a parceria com a Astra – sócia no empreendimento, com quem a Petrobrás se desentendeu depois – seria uma parceria com vantagens para os dois lados.
A sessão da CPI estava completamente esvaziada, apenas com as presenças do relator, José Pimentel (PT-CE) e Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado acompanhando toda a sessão. O requerimento para ouvir Arruda foi de autoria da senadora Vanessa Grazziotin. O requerimento para ouvir Luis Carlos Moreira foi de autoria do senador Anibal Diniz (PT-AC), que sequer estava presente.
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