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PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO SE DESTACAM EM VOLUME DE INVESTIMENTOS EM ENERGIA RENOVÁVEL

luis-alberto-morenoA América Latina, a África, a Ásia e o Caribe surgem como importantes destinos para investimento em energia renovável. O Brasil aparece na segunda colocação, atrás apenas da China, no ranking Bloomberg New Energy Finance (BNEF): Climascopio 2014, que conta com um resumo sobre investimentos em energia renovável em 55 países dessas regiões. Segundo a publicação, o Brasil continua, apesar da desaceleração da economia local, a facilitar o desenvolvimento e o investimento em energia renovável através de uma série de leilões organizados pelo governo para contratar eletricidade. A lista dos dez primeiros é completada por África do Sul, Índia, Chile, Uruguai, Quênia, México, Indonésia e Uganda.

Em 2013, Brasil, Chile, Uruguai, México e Peru, respectivamente 2º, 5º, 6º, 8º e 11º colocados no ranking, atraíram U$S 13 bilhões em investimento nas fontes renováveis, o correspondente a 94% dos US$ 14 bilhões direcionados para esse fim à América Latina e ao Caribe. No caso do Uruguai, registrou-se, no período de um ano, crescimento de 21% na geração renovável enquanto a demanda por energia cresceu 10%. De 2008 a 2013, países analisados pelo Climascopio 2014 adicionaram 142 GW de nova capacidade de energia renovável, excluindo grandes hidrelétricas. Isso representou um crescimento de 143%. Em comparação, países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) adicionaram 213 GW, registrando um crescimento de 84%.

O Fundo Multilateral de Investimento (FUMIN) parte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (UK DFID), e a Agência para Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID), dentro da iniciativa Power Africa, comissionaram Bloomberg New Energy Finance (BNEF) para analisar e classificar países baseados em expectativas de desenvolvimento para as energias solar, eólica, pequenas centrais hidrelétricas, geotérmica, biomassa e outras tecnologias com emissão zero de carbono. “O Banco Interamericano de Desenvolvimento tem o prazer de ver DFID e USAID integrarem o projeto Climascopio para identificar os principais fatores e mercados para investimento em energia renovável globalmente. Isso marca o terceiro ano do projeto, que visa ser não só um panorama sobre onde as políticas e os investimentos se encontram hoje, mas também, de forma ainda mais importante, servir como um guia sobre onde as oportunidades estarão amanhã”, disse Luis Alberto Moreno (foto), presidente do BID.

 A pontuação de um país depende de vários fatores: políticas para investimento em energia renovável; condições de mercado; estrutura do setor elétrico; número de empresas locais operando no mercado de energia renovável; e iniciativas para redução de emissões de gases de efeito estufa. O resultado final é a mais compreensiva fonte para tomadores de decisões aprenderem sobre condições de mercado para energia renovável nessas regiões.

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