PARAGUAI PROPÕE REAJUSTE DE TARIFA PARA ITAIPU BINACIONAL
O Paraguai, país parceiro do Brasil na hidrelétrica Itaipu Binacional, propôs um reajuste de 7,2% no valor da tarifa para pelas empresas que operam a usina. Segundo o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Miguel Samek, não há hipótese do governo brasileiro recusar a proposta de reajuste, que não acontece há três anos graças à valorização do real e do guarani, moeda paraguaia, em relação ao dólar.
O reajuste, que não deve afetar o consumidor final em nenhum dos dois países, deve selar a tarifa da energia de Itaipu Nacional por mais três anos. O valor atual da tarifa de energia é de US$22,60 quilowatt/mês, e caso o reajuste seja aprovado passaria a US$24,30, que seria pago pela Eletrobrás e pela Administração Nacional de Eletricidade (Ande), empresas brasileira e paraguaia, respectivamente, que operam a usina.
O governo paraguaio estudava propor um valor na casa de US$27 quilowatt/mês, mas em meio a negociações com a Itaipu Binacional chegou ao valor de reajuste proposto, aprovado pelo centro de custos da usina e apresentado a seu conselho em outubro de 2011. No último dia 6, a vice-ministra de Minas e Energia do Paraguai, Mercedes Canese, disse que se o Brasil não aceitasse a proposta paraguaia, os custos de produção da usina de Itaipu teriam que ser ajustados.
O diretor-geral, Jorge Miguel Samek, também lembrou que os componentes previstos no Tratado de Itaipu, firmado na construção da usina entre Brasil e Paraguai, também influi no valor da tarifa. A usina possui dívidas com a Eletrobrás, que financiou sua construção e é credora de cerca de US$ 16 bilhões, além de despesas de operação, manutenção e salário de seus funcionários.
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