PESSIMISMO NA INDÚSTRIA INIBE NOVOS INVESTIMENTOS NO SETOR DE PETRÓLEO BRASILEIRO
Por Bruno Viggiano (bruno@petronoticias.com.br) –
Uma recente pesquisa realizada pelo PageGroup aponta que os empresários brasileiros estão pessimistas com o futuro econômico do país, liderando os índices de preocupação com desemprego e PIB entre os latino-ameticanos pesquisados. O setor de óleo e gás é um dos que mais sofre com o atual cenário, com investimentos na indústria sendo revistos, projetos cancelados e pessoas sendo mandadas embora. De acordo com o gerente de Óleo e Gás do PageGroup, Fábio Oliveira, um dos principais empecillhos que se colocam para o setor de petróleo nacional é a falta de gerenciamento de risco, ocasionada pelas crises econômica e política vividas no Brasil. Apesar do momento ruim, há esperanças, segundo Oliveira. “A expectativa não é das melhores a curto prazo, com alguns executivos acreditando em uma melhora nos negócios por volta de 2018, mas ainda com cautela”, afirma.
Como os executivos têm visto o cenário econômico do mercado de óleo e gás?
O cenário é bem ruim, econômica e politicamente. A principal questão que atrapalha o ambiente de negócios, no momento, é a presidência da república e as indefinições em torno do assunto. O panorama macroeconômico é ruim, o que deixa todas as áreas do setor de óleo e gás estagnadas, sem investimentos.
Quais os principais fatores que abalam a confiança no setor de óleo e gás?
A instabilidade faz com que o gerenciamento de riscos seja praticamente inviável para a assinatura de novos contratos. As multinacionais são as companhias que se encontram em melhores condições para investir, mas sem a possibilidade de gerenciamento de riscos essa chance diminui significativamente. O câmbio flutuante também é uma realidade vista com maus olhos por esses investidores.
Alguma previsão é feita por esses executivos para a retomada do ritmo de negócios?
A expectativa não é das melhores a curto prazo, com alguns executivos acreditando em uma melhora nos negócios por volta de 2018, mas ainda com cautela. Melhora a curto prazo não.
Como as empresas do setor têm buscado se readequar internamente para esta nova realidade?
A mão de obra interna passa a ser vista com outros olhos, buscando por profissionais multitarefas, capazes de executar mais de uma função dentro da empresa. A otimização do quadro de funcionários é muito forte no atual momento da indústria de petróleo.
Como têm se comportado as contratações para o setor?
O número de contratações diminuiu bastante. O movimento de aumento de quadro não é visto mais. Em vez disso, o que se tem procurado bastante é por profissionais mais preparados, experientes, aptos a realizar diversas funções dentro da empresa, conhecedores de áreas diferentes do negócio. O objetivo é diminuir custos sem afetar produtividade.
Como é o trabalho consultivo realizado pelo Pagegoup?
Nós temos uma forte atuação de consultoria estratégica, para que empresas possam saber como melhor se posicionar no mercado, sabendo em quais nichos devem focar seus negócios, quais as melhores entidades, empresas e profissionais que devem ser procurados para contatos e questões do tipo. Além disso, temos também um serviço de coaching, mais voltado ao profissional, com acompanhamento dele, alinhamento de competências e identificação de maneiras sobre como ele deve se preparar para o mercado.
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