9º ENCONTRO DO PROMIMP TEVE BONS RESULTADOS, MAS NÃO DISCUTE RISCO AO CONTEÚDO NACIONAL
Muita coisa boa resultou do 9º Encontro do Prominp realizado durante três dias em Belo Horizonte. Mas o anúncio do Secretário de Petróleo e Gás do Ministério das Minas e Energia, Marco Antônio de Almeida, que o governo vai considerar os produtos e serviços das empresas do Mercosul como conteúdo nacional, não foi debatido e passou quase despercebido por todos que participaram do encontro. Se esta iniciativa for levada à frente, todo esforço feito pelas empresas brasileiras para adequaram-se as exigências do mercado irá despencar ladeira abaixo. Não é difícil imaginar os problemas que causariam ao mercado nacional.
Tirando esta preocupação, o encontro, bem planejado e bem executado, teve excelentes resultados e aprovou dez ações importantes para mercado de petróleo e gás e para indústria naval. Um novo modelo de indução ao desenvolvimento dos fornecedores que prevê a concentração de indústrias no entorno dos empreendimentos da Petrobrás, a partir de 2013. Cinco regiões seriam beneficiadas primeiramente: Rio Grande (RS), Itaboraí (RJ), Ipatinga (MG), Ipojuca (PE) e Maragogipe (BA).
O modelo hoje consolidado no País é o da cadeia de fornecedores, cujo foco final é o produto e pressupõe dispersão geográfica da indústria. A concepção dos APLs apresenta vantagens competitivas, como a localização geográfica competitiva; promoção do desenvolvimento econômico regional; aumento da produtividade; tamanho e escala da demanda; diversidade de serviços, soluções e equipamentos utilizados; inovação tecnológica e redução da taxa de mortalidade das pequenas empresas.
No Painel sobre Produtividade: desafios para o setor de petróleo e gás foi definido o aprimoramento da forma de articulação da cadeia de fornecedores, sob a coordenação do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e a implantação do Programa de Excelência para a Produtividade.
No Painel sobre Tecnologias para construção e montagem offshore foi aprovado o equacionamento dos instrumentos de estímulo à pesquisa, desenvolvimento e inovação para atender às demandas empresariais, projeto para inserção de novas tecnologias de construção em montagem e criação de novas modalidades de financiamento para alavancagem do conteúdo local.
No Painel que tratou do Fortalecimento da Engenharia Nacional e Desenvolvimento de Projetos Básicos no País foi aprovado o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias de projeto e de processo, através de parceria tripartite: operadoras, empresas de consultoria de engenharia e academia e ações sobre previsibilidade da demanda de serviços de engenharia e desenvolvimento de modalidades de contratação de projetos básicos no Brasil.
O Painel que tratou da Empregabilidade, Qualificação, Certificação e Inserção de profissionais no mercado de trabalho aprovou a atualização de planejamento e execução do Plano Nacional de Qualificação Profissional do Prominp, contemplando técnicos para as obras dos empreendimentos de petróleo e gás para os estaleiros, para a indústria de bens de capital e programas voltados à formação de engenheiros de projeto.
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