CADE PEDE NOVAS INFORMAÇÕES PARA ANALISAR VENDA DA LIQUIGÁS

A Petrobrás vai ter que esperar mais um pouco para sacramentar a venda da Liquigás. A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) publicou despacho classificando o negócio como “complexo” e, com isso, serão necessárias novas informações para analisar todo o processo.

Com a declaração de complexidade da operação, o CADE determinou algumas diligências, como requerer dados de fabricantes de botijões; dados de concorrentes e clientes sobre o mercado de GLP como propelente em aerossóis; e requerer às partes a demonstração das medidas que serão adotadas para que as alegadas eficiências econômicas geradas pela operação sejam compartilhadas com o consumidor.

O CADE também aguarda informações diversas já solicitadas que subsidiarão a análise da Superintendência-Geral e do Departamento de Estudos Econômicos do órgão na elaboração de estudo quantitativo a respeito de impactos concorrenciais decorrentes da operação. O CADE ainda tem a possibilidade de aumentar ainda o prazo para análise do negócio de 240 dias para 330 dias, caso julgue necessário.

A venda da Liquigás foi aprovada por acionistas da Petrobrás no início de fevereiro. O negócio foi anunciado em 17 de novembro do ano passado. A subsidiária foi negociada com o grupo Ultrapar por um valor total de R$ 2,8 bilhões. A Liquigás atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP), e está presente em quase todos os estados brasileiros, com 23 centros operativos, 19 depósitos e uma rede de aproximadamente 4.800 revendedores autorizados.