CANDIDATO A DIRETORIA DA NUCLEP É ACUSADO PELO MPF DE IMPROBIDADE, IMORALIDADE E INEFICIÊNCIA | Petronotícias




faixa - nao remover

CANDIDATO A DIRETORIA DA NUCLEP É ACUSADO PELO MPF DE IMPROBIDADE, IMORALIDADE E INEFICIÊNCIA

claudio-mendoncaÉ de estarrecer a falta de comprometimento com a seriedade de alguns políticos brasileiros. Agora, por influência do Deputado Celso Pansera, que não se sabe ao certo suas reais razões para querer dominar  o setor nuclear brasileiro, mais uma vez, a luta para assumir o controle da Nuclebrás volta à tona.  Ele já fez várias investidas, com o apoio do Ministro das Ciências e Tecnologia, Gilberto Kassab, que é um dos investigados pela Polícia Federal  por receber propina da JBS. Ele, que já nomeou para a presidência da CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear –  o Major-Brigadeiro, Roberto Pertusi, tentou  nomear o presidente da empresa e entregar a diretoria financeira da maior e mais importante indústria nuclear do país para uma pessoa sem as qualificações necessárias para o cargo. A Justiça barrou as duas tentativas que fez. Agora, ele quer nomear o ex-secretário de Educação do Governo Rosinha Garotinho, Claudio Roberto Mendonça Schiphorst, outro profissional que não reúne condições e conhecimento técnico para ocupar o cargo de Diretor Comercial da Nuclebrás.

Em março deste ano, Pansera quis nomeá-lo para o cargo de Superintendente do Iphan do Rio de Janeiro. O Ministério da Cultura aceitou inicialmente, mas ao deparar com o histórico Schiphorst, voltou atrás. Ele é advogado formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Pós-Graduado em Filosofia da Diferença pela PUC-RJ e  nunca trabalhou no setor nuclear. É o caso de se perguntar: seria a pessoa certa para assumir a direção comercial da empresa brasileira que é responsável por construir o submarino nuclear, além de peças e equipamentos sofisticados e  especiais para usinas nucleares, entre outras atividades de segurança nacional ?

No relatório entregue pelo Ministério Público Federal  ao Ministério da Cultura,  depois de levantar a vida pregressa de Schiphorst,  tinha alguns os seguintes destaques:

 “ A nomeação do nome de Carlos Roberto Mendonça Schiphrost contraria os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência”,. O documento relata neste  que o nomeado já foi condenado em primeira instância e teve a suspensão de seus direitos políticos, em ação de improbidade administrativa na qual também é ré a ex-governadora do Estado do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho.

À época, Cláudio era Secretário Estadual de Educação e, segundo sentença da 14ª Vara da Fazenda Pública, causou dano ao erário ao contratar, sem licitação, a Fundação Euclides da Cunha para instalação de 254 salas de informática no estado. De acordo com a sentença, não houve “comprovação de instalação dos laboratórios de informática pelo réu, mas tão somente serviços inerentes à preparação de salas para a posterior instalação desses laboratórios. Há também uma condenação no Tribunal de Contas do Estado, por ter deixado de prestar contas de recursos transferidos a entidade, e uma condenação na Justiça Eleitoral, por ter promovido propaganda eleitoral indevida”, diz o documento.

Na sua recomendação o MPF também ressalta a falta de experiência e a formação específica do indicado para o exercício do cargo, e diz  que “de acordo com a legislação em vigor, o superintendente estadual do órgão exerce funções que demandam conhecimento técnico e experiência na área, incumbindo-lhe, dentre outras atribuições, planejar, dirigir, coordenar, orientar a execução, e promover a supervisão técnica do órgão”.

A seguir as mesmas observações,  as possibilidades de  Carlos Roberto Mendonça Schiphrost  assumir a diretoria comercial  da Nuclebrás é bem diminuta. Certamente o MPF vai usar os mesmos critérios, muito embora, em se tratando de políticos brasileiros, é preciso esperar para ver. Eles não se apertam e nem se constrangem.  Quem viver, verá.

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of