ARÁBIA SAUDITA COSTURA ACORDO COM A RÚSSIA PARA DIMINUIR DOS ESTADOS UNIDOS | Petronotícias




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ARÁBIA SAUDITA COSTURA ACORDO COM A RÚSSIA PARA DIMINUIR DOS ESTADOS UNIDOS

asasaA Arábia Saudita lançou um ambicioso programa, o Vision 2030, para iniciar um novo capítulo em sua história, transformando-se de um exportador de petróleo dependente dos EUA para uma potência regional com economia diversificada, abrindo gradualmente as portas para o mundo inteiro. Os fluxos de investimento devem vir de diferentes direções com dinheiro colocado em cestas diferentes. A Arábia Saudita está intensificando seus esforços diplomáticos para mudar sua percepção para começar uma nova era. A Rússia é vista como um parceiro nos planos de grande alcance. A relação entre a Rússia e a Arábia Saudita assinala mais uma mudança radical na ordem global em constante evolução. O rei Salman deve se tornar o primeiro monarca saudita a visitar a Rússia. A viagem é esperada ainda para este mês de julho.  A visita adquire especial importância, uma vez que o rei tomou a decisão de não comparecer à cúpula do G20 de julho de 7 a 8 em Hamburgo, na Alemanha.

Em 30 de maio, o presidente Putin recebeu então o vice-príncipe herdeiro Mohammed bin Salman no Kremlin(fofo) e ambos disseram que aprofundarão a cooperação no petróleo e trabalharão em estreitar suas diferenças em relação à Síria. A visita aconteceu após a visita histórica do presidente dos EUA, Donald Trump, a Riade.

O príncipe Mohammed bin Salman foi recentemente nomeado para o cargo de Príncipe Herdeiro e herdeiro do Rei Salman da Arábia Saudita. Este compromisso é um bom presságio para as relações russo-sauditas. O príncipe herdeiro supervisionou os laços com Moscou e visitou a Rússia muitas vezes. O presidente russo Vladimir Putin chamou-o de “parceiro muito confiável com quem você pode chegar a acordos, e tenha certeza de que esses acordos serão honrados”.

A Rússia e a Arábia Saudita podem lançar projetos conjuntos na indústria petroquímica, no campo das tecnologias de energia renovável e gás natural liquefeito (GNL) entre outros. A Rússia-Arábia Saudita negociaram e recentemente prolongaram o acordo de corte de petróleo pela OPEP e membros não – OPEP tornou-se o símbolo emblemático da cooperação. Em 2 de junho, o maior produtor de petróleo da Rússia, Rosneft, e a empresa nacional de petróleo do Reino, Aramco, anunciaram que buscariam investimentos conjuntos na Arábia Saudita. O anúncio foi feito depois que o chefe da Rosneft, Igor Sechin, e o chefe saudita da Aramco, Amin Nasser, realizaram sua primeira reunião formal e programada em 30 de maio, além de breves encontros em eventos internacionais do petróleo.

As partes discutiram possíveis formas de cooperar na Ásia, incluindo Indonésia e Índia, bem como em outros mercados, numa ação sem precedentes. A Arábia Saudita, via a  Aramco, afirmou abertamente que se interessa pelas oportunidades globais de investimento em gás, começando na região da Sibéria russa. A Arábia Saudita consideraria particularmente a questão da participação nos projetos do GNL no Ártico. Rússia e Arábia Saudita dão indícios de um possível cenário OPEC 2.0, com a Rússia se tornar um membro. O gigante do gás russo, Lukoil, revelou que também considerará comercializar o petróleo ao lado do Saudi Aramco. Outra empresa russa de petróleo, a Tatneft, anunciou que está aberta para cooperação com a Arábia Saudita.

A Arábia Saudita confirmou que avaliaria a possibilidade de se juntar ao projeto de gás natural líquido ártico (GNL) russo. A Aramco saudita sempre esteve fortemente envolvida no setor de gás, já que já é um produtor de gás muito grande. Está em busca de gás de xisto, com a primeira produção prevista em 2020-2021.

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