O MAIOR CENTRO DE IMPORTAÇÃO DE PETRÓLEO DOS EUA QUER SE TORNAR TAMBÉM UM PONTO EXPORTADOR

O Louisiana Offshore Oil Port ( LOOP), o único terminal ao longo da costa do Golfo nos Estados Unidos capaz de receber um superpetroleiro totalmente carregado, está avaliando o interesse de enviar petróleo bruto nos maiores navios do mundo no início do próximo ano. Os portos estão competindo para preencher as necessidades dos produtores domésticos de petróleo que procuram pontos de venda para o seu crescente abastecimento. Ao mesmo tempo, o boom dos campos de xisto dos EUA e as minas de areias de petróleo canadenses reduziram a necessidade de petróleo importado pelas refinarias.

A capacidade da LOOP de lidar com petroleiros capazes de transportar 2 milhões de barris reduziria os custos de envio para as empresas que procuram enviar petróleo bruto para refinarias na Ásia. Sandy Fielden, diretor de commodities e pesquisa de energia da Morningstar, falou sobre as facilidades que serão criadas: “O LOOP é o lugar mais óbvio para as exportações de petróleo dos EUA, pois como um porto de águas profundas, torna-se mais gerenciável carregar um grande navio, como um VLCC. Faz sentido desde uma perspectiva logística, pois permitirá um transporte de carga mais eficiente”.

 Atualmente, os transportadores  mandam  o petróleo em petroleiros menores,  em portos como Houston ou Corpus Christi, no Texas. De lá,  transferem suas cargas para Very Large Crude Carriers. Isso adiciona custo e tempo aos embarques. Enquanto Corpus Christi recebeu seu primeiro VLCC no final de maio, o canal do porto não é suficientemente profundo para que um navio desse tamanho carregue uma carga completa.

O petróleo da Nigéria e da Arábia Saudita continuará a ser descarregado de superpetroleiros no terminal marítimo LOOP, a 17 milhas de distância e bombeado para cavernas de armazenamento no Clovelly Hub em Louisiana, como tem acontecido  há mais de 30 anos, transformando algumas de suas operações enquanto as exportações aumentam depois que as restrições foram levantadas no final de 2015.

O Presidente do LOOP, Tom Shaw, disse que os cliente estão mais exigentes: “Hoje, os clientes estão buscando a opção de carregar e descarregar com segurança e eficiência, o que é um pedido natural para uma porta. Este serviço oferece aos nossos clientes a escalabilidade para carregar completamente um VLCC”.

A LOOP compete com Corpus Christi, que  se tornou este ano  o principal centro de importação de petróleo para os EUA. Os produtores canadenses estão buscando mais opções para vender petróleo bruto a preços mais altos em todo o mundo, diminuindo sua dependência de refinadores dos EUA. Nos últimos anos, o transporte marítimo no exterior tornou-se mais econômico, graças a métodos de perfuração de baixo custo que liberam vastos depósitos no oeste do Texas e em outras áreas. A produção dos EUA atingiu 9,6 milhões de barris por dia em abril de 2015, de acordo com a Energy Information Administration.

A produção diária dos EUA está em torno de mais de 9 milhões de barris, mesmo com os preços de futuros ficando abaixo de US $ 50 por barril e negociando em US $ 47,31 na terça-feira. Grande parte desse óleo é mais leve do que as refinarias locais estão configuradas para processar. O excesso se dirige para o exterior, impulsionando as exportações americanas acima daqueles dos membros da OPEP Qatar, Líbia, Equador e Gabão.