SECA EM PORTUGAL AUMENTA O CONSUMO DE GÁS EM 344% | Petronotícias




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SECA EM PORTUGAL AUMENTA O CONSUMO DE GÁS EM 344%

rggrgSeca no Brasil causando problemas para a nossa geração de energia, seca em Portugal causando sérios problemas locais, como incêndios e crescimento do uso de gás, e aumentando também o gasto com energia. Lá, o consumo de gás aumentou em 344% para produzir energia. É a  falta de água nas barragens causando graves problemas e está e impactando a produção de eletricidade. De acordo com a REN (Redes Energéticas Nacionais), nos primeiros cinco meses deste ano, o consumo acumulado das centrais de ciclo combinado movidas a gás natural foi de 9439 gigawatts hora (GWh), o que representou uma variação de 334% face ao mesmo período de 2016. Portugal está poluindo muito mais para produzir a mesma quantidade de energia elétrica que conseguiria num ano com condições climáticas menos adversas.

A REN esclareceu ainda que nos primeiros seis meses do ano “a afluência de água às barragens foi de apenas 58% dos valores normais de água para este período, mas, historicamente, a situação foi pior em 2012 (33%), ou em 2005 (34%)”. Num relatório publicado já este mês, a REN conclui que “A seca que afeta todo o Sul da Europa, as ondas de calor previstas para as próximas semanas e a reduzida disponibilidade dos reatores nucleares franceses, poderão levar a que outros problemas apareçam proximamente”

A situação é preocupante em todo Portugal, como diz Felisbina Quadrado, diretora do departamento de recursos hídricos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA): “ Todas as bacias hidrográficas portuguesas, com exceção das do Lima, do Cávado e do Ave, a Norte, estão com as reservas abaixo da média. O caso mais delicado, ocorre na bacia do Sado. Ali, onde as reservas de água não sobem de forma significativa pelo segundo ano consecutivo, todas as albufeiras estão com níveis abaixo dos 40%. Se havia dúvidas, as alterações climáticas têm demonstrado o quão essencial é o Alqueva”.

O mês de junho deste ano foi o terceiro junho mais quente desde 1931. Os dois primeiros lugares foram registados também neste século, em 2004 e 2005. Vanda Cabrinha, meteorologista da divisão de clima do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, assinala que se verifica “um aumento da temperatura média do ar em Portugal continental desde meados dos anos 70, em função das alterações que se registra, os fenômenos extremos tendem a ser cada vez mais frequentes na Península Ibérica”.

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