MICHAEL PAGE APONTA PROCURA POR ESPECIALISTAS EM GEOFÍSICA COMO SINAL DE RETOMADA DO SETOR DE ÓLEO E GÁS | Petronotícias




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MICHAEL PAGE APONTA PROCURA POR ESPECIALISTAS EM GEOFÍSICA COMO SINAL DE RETOMADA DO SETOR DE ÓLEO E GÁS

Por Davi de Souza (davi@petrnoticias.com.br) – 

Fabio-Oliveira-Foto.jpegA severa crise que pegou em cheio o setor de óleo e gás trouxe um legado triste para empresas e funcionários, como corte de empregos, redução de salários e programas de desligamento. Embora ainda estejamos passando por dias de recessão, já existem alguns sinais de que as nuvens carregadas estão se dissipando para dar lugar ao céu azul. A empresa de recrutamento Michael Page tem observado o início da procura por funcionários de geofísica. Para Fabio Oliveira, gerente da Michael Page no Rio de Janeiro, este movimento indica o início da retomada de contratações por parte das empresas de óleo e gás. De acordo com o especialista, o intervalo entre a primeira fase de contratação e a última será de três ou quatro anos. Oliveira acredita também que o reinício da contratação deve acontecer a partir do meio de 2018 ou início de 2019.

O senhor possui alguns números dessa procura por especialistas em geofísica?

Ainda não temos números porque essa procura das empresas é informal ainda. Trata-se de uma especulação, do mercado como um todo, procurando entender se o setor está aquecido ou aquecendo. 

E quando começou este movimento?

Esse movimento começou há dois meses atrás. As empresas estão procurando entender a pretensão salarial, conhecer quem está no mercado, como é a liquidez desses profissionais. Tudo ainda na especulação para quando o mercado voltar a contratar. 

Na sua opinião, quais os principais fatores que estimularam esse movimento?

Nós temos alguns fatores determinantes, como o desinvestimento da Petrobrás, que está colocando seus ativos à venda. Com isso, estimula a movimentação de algumas operadoras. Outro fator que tem também contribuído é a nova agenda de rodadas de licitação. Nós temos um cronograma bem definido pela ANP e isso já atrai grandes investimentos. Neste cenário, temos valores mais expressivos sendo movimentados e maior mobilização de mão de obra.

Na sua avaliação, quais são as perspectivas de contratação para o futuro?

Desde o segundo semestre de 2013, quando a crise se agravou, até o primeiro trimestre deste ano, tivemos um processo de desligamento muito intenso como um todo. Então, temos muitos profissionais bons que estão desempregados. Por isso ter acontecido, as estruturas das companhias estão muito enxutas. Dessa forma, qualquer respiro do mercado, qualquer retomada, qualquer contrato que as empresas conseguirem, vai exigir a contratação de mais profissionais. Os profissionais que estão nas empresas estão sobrecarregados, usando mais de um chapéu e tendo acúmulo de função.

Na sua opinião, quando de fato essa retomada na contratação deve acontecer?

A retomada deve acontecer no meio do ano que vem ou início de 2019. Serão várias fases. Nas condições tradicionais, os primeiros são geólogos, geofísicos, gerentes de exploração, gerente de produção, gerente de HSE (Segurança, Meio Ambiente e Saúde). Depois dessa fase, começa a contração visando a avaliação de reservatórios e aquisição de dados geológicos, com a contratação de geólogos, petrofísicos e geofísicos. Posteriormente, na fase de perfuração, as posições que são contratadas são de rig manager, drillers, assistant rig manager, engenheiros, técnicos como todo, etc. 

Quais são as próximas fases? O senhor pode resumi-las?

Depois das etapas mencionadas anteriormente, na fase de equipamentos, as posições são engenheiro de projeto, gerente de contrato, gerente de produção e engenheiro subsea. Após, temos várias outras fases. Nos estaleiros, por exemplo, teremos a contratação de engenheiro naval, engenheiro de produção e de manutenção. Para os FPSOs, os cargos são superintendente e de produção, gerente de operação, superintendente de operações, operador líder e técnico em geral.

Da primeira a última fase de contratação, existe um período de 3 a 4 anos.

Esse movimento já se repetiu no passado?

O mercado é bem cilício. Isso acontece com frequência. Só que essa crise está demorando um pouco mais porque não foi só local, mas também global. A queda do barril foi muito abrupta.

E quanto à remuneração? O senhor acredita que deve ter aumento nos próximos meses?

No futuro não teremos aumento. O mercado era dos candidatos, porque tinha carência de profissionais bons. Hoje é o contrário. O mercado é das empresas, que conseguem ter o poder de escolha. Os salários caíram cerca de 30%. Então, até retomar, vai demorar um pouco. 

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Victor Arce
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Victor Arce

Sejamos realistas, contratação de FPSO não será feito em território nacional com a caducidade do conteúdo nacional ainda mais com o barril a US$ 50,00.