POLÍCIA FEDERAL REALIZA DUAS FASES DA LAVA JATO AO MESMO TEMPO PARA CORTAR CUSTOS E PRENDE EX-GERENTE DA PETROBRÁS E EX-DEPUTADO | Petronotícias




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POLÍCIA FEDERAL REALIZA DUAS FASES DA LAVA JATO AO MESMO TEMPO PARA CORTAR CUSTOS E PRENDE EX-GERENTE DA PETROBRÁS E EX-DEPUTADO

10.07.30-20.32.20-candido_vaccarezza_-_2A crise afeta até mesmo os trabalhos da Lava Jato. No dia em que a Polícia Federal decidiu realizar duas fases da Operação simultaneamente, o ex-gerente da Petrobrás Márcio Albuquerque Aché, o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (foto), e o operador financeiro Henry Hoyer de Carvalho foram presos temporariamente. A decisão de fazer as duas etapas da Lava Jato ao mesmo tempo foi para “otimizar custos“, que nas palavras do delegado da PF Igor Romário de Paula “não estão sobrando“.

As 43ª e 44ª fases foram batizadas de Sem Fronteiras e Abate, respectivamente. A primeira delas investiga a relação entre executivos da Petrobrás e grupo de armadores estrangeiros da Grécia para obtenção de informações privilegiadas e favorecimento obtenção de contratos milionários com a estatal. Os investigadores dizem que 3% dos contratos com essas companhias, que chegaram a US$ 500 milhões, foram convertidos em propina. A força-tarefa da Lava Jato chegou a pedir a prisão do cônsul honorário da Grécia, Konstantinos Kotronakis, mas o pedido foi negado pelo juiz Sérgio Moro.

Já a Abate apura a atuação de um grupo criminoso que era apadrinhado pelo ex-deputado Cândido Vaccarezza, cuja influência era usada para celebrar contratos da Petrobrás com empresa estrangeira Sargeant Marine. O ex-parlamentar foi preso em São Paulo e com ele foram apreendidos cerca de R$ 122 mil. Segundo as investigações, Vaccarezza usou de sua influência para favorecer a contratação da Sargeant Marine pela Petrobrás. O resultado foi a celebração de 12 contratos, entre 2010 e 2013, no valor de aproximadamente US$ 180 milhões. De acordo com os investigadores, o ex-deputado, funcionários da Petrobrás e o PT receberam propinas que totalizam US$ 500 mil no esquema da Abate.

Foram expedidos outros três mandados de prisão temporária, que não foram cumpridos. Eles atingem Carlos Roberto Martins Barbosa, ex-gerente da Petrobras que está hospitalizado e teve o mandado de prisão revogado; Dalmo Monteiro Silva, também ex-gerente da Petrobrás (que está no exterior); e Luiz Eduardo Loureiro Andrade, da Sargeant Marine.

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