IRÃ, TURQUIA E IRAQUE QUEREM BARRAR EXPORTAÇÃO DO ÓLEO DO CURDISTÃO

Os governos do Iraque, Turquia e  Irã já estão discutindo  s a possibilidade de bloqueio ao escoamento do petróleo curdo, como represália à execução do plebiscito de independência da região, realizado no último dia 25. As primeiras conversas foram realizadas e há possibilidade de um segundo encontro entre as autoridades desses países ainda esta semana. “Se alguém deve decidir fechar os poços de petróleo da região, esse alguém somos nós. A Turquia, o Irã e o governo central do Iraque farão isso juntos”, disse o Presidente turco  Recep Tayyip Erdogan. O Curdistão produz mais de 600 mil barris de petróleo diariamente, representando cerca de 15% da produção iraquiana. O pedido de independência foi acatado pela imensa maioria da população local, ganhando com 92,73% dos votos contra a permanência sob o regime central iraquiano. O Curdistão, economicamente dependente das do petróleo.  Atualmente escoa sua produção para os mercados internacionais através do porto da cidade turca de Ceyhan(foto). Um dia antes do plebiscito, Erdogan emitiu uma declaração pedindo que os países vizinhos e a comunidade internacional boicotassem o petróleo curdo, negociando somente com Bagdá.

A coalizão dos três países é apenas mais uma das sanções impostas à população curda, historicamente oprimida na região. Bagdá já havia bloqueado o espaço aéreo curdo e o Irã e a Turquia realizaram exercícios militares próximo às suas fronteiras com o Curdistão. O governo da Rússia mostrou-se simpático à independência da região, já que a petroleira russa Rosneft – uma das maiores do ramo no mundo – assinou um contrato de US$ 1 bilhão com o governo regional curdo uma semana antes da realização do plebiscito.