AGÊNCIA INTERNACIONAL CONCLUI QUE A ENERGIA NUCLEAR É A MELHOR OPÇÃO PARA CUMPRIR METAS DE PROTEÇÃO CLIMÁTICAS

A energia nuclear continua a ser uma opção importante para muitos países no cumprimento de seus objetivos de energia e mudança climática, mas os investidores precisam de clareza e certeza dos políticos responsáveis por esta decisão. Esta afirmação contundente, que muito se encaixa para o Brasil, é de Hamad Alkaabi, representante permanente dos Emirados Árabes Unidos para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Na verdade ele estava resumindo as conclusões da Conferência Ministerial Internacional sobre Energia Nuclear no século XXI, realizada nesta semana em Abu Dhabi.

Alkaabi foi presidente da conferência, organizada pela AIEA em cooperação com a Agência de Energia Nuclear da OCDE (NEA).  O evento contou com cerca de 700 participantes de 68 estados membros da AIEA e seis organizações internacionais.  Alkaabi disse que “Embora respeitando o direito de cada estado de definir sua política energética nacional, a conferência reconheceu que a energia nuclear continua a ser uma opção importante para muitos países para melhorar a segurança energética, reduzir o impacto dos preços voláteis dos combustíveis fósseis e mitigar os efeitos das alterações climáticas e da poluição do ar, inclusive através do apoio a fontes de energia intermitentes. Para muitos países, a energia nuclear terá um papel importante a desempenhar na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e no cumprimento dos objetivos no Acordo de Paris. Os governos devem assegurar que suas políticas energéticas nacionais apoiem seus objetivos de desenvolvimento e clima”.

Alkaabi observou um fato muito importante que tem a ver com o Brasil: “A energia nuclear atualmente não está atraindo o investimento global necessário para limitar o aumento médio da temperatura global para 2 ° C, conforme exigido pelo Acordo de Paris.” Ele disse ainda que “  Os governos poderiam fornecer apoio político claro e consistente para as novas e nucleares existentes. Isso, por exemplo, poderia ser através da incorporação da energia nuclear em esquemas de incentivo à energia limpa e incentivando seu desenvolvimento além de outras formas limpas de energia.”