O ANO DE 2018 PODERÁ TER RESULTADOS DIFERENTES PARA EMPRESAS DO SETOR QUÍMICO E DO SETOR DE ÓLEO&GÁS
Seguindo o nosso projeto de convidar personalidades de vários setores brasileiros para opinarem em relação ao que nos esperam em 2018, convidamos o Presidente da Abiquim, Fernando Figueiredo e também um profissional de grande experiência, influente e muito respeitado no mercado, o Diretor Internacional da Oil States no Brasil, Márcio Robles. Eles analisaram como foi o ano de 2017 e mostram suas opiniões divergentes para 2018, muito embora cada um deles milita em setores diferentes. Vamos saber primeiro as opiniões de Fernando Figueiredo:
1-Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor?
– “ A indústria química é um setor que depende fundamentalmente do desempenho de suas indústrias clientes. A ligeira recuperação econômica teve um impacto positivo no mercado, que cresceu nos últimos 12 meses expressivos 7,8%, contudo no mesmo período a produção cresceu apenas 1,09%, isto significa que todo o crescimento brasileiro do setor foi ocupado pelos produtos importados que alcançaram este ano o recorde de 38%.”
2-Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?
-“ A solução é simples e depende apenas da vontade política: utilizar o óleo e o gás do pré-sal pertencente à União para estimular o investimento na indústria química, exatamente como fizeram os Estados Unidos com o shale gas. A construção de apenas um polo petroquímico significa um investimento acima de US$ 1 bilhão.”
3-Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?
– “Tudo indica que haverá em 2018 um modesto crescimento e a química, como tradicionalmente espera crescer 25% acima do PIB. Porém não deixa de ser triste constatar que um País com enorme potencial de crescimento comemora 1% de aumento do PIB como se tivesse conquistado a Copa do Mundo. Este número é muito inferior aos seus parceiros do BRICs, dos países desenvolvidos e até mesmo do Paraguai. Lamentável.”
E agora vamos saber as opiniões de Márcio Robles, da Oil States:
1-Como analisa os acontecimentos de 2017 em seu setor?
– “As mudanças regulatórias foram fundamentais para a retomada dos investimentos, porém até que esses investimentos atinjam a cadeia produtiva levará alguns anos.”
2-Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?
– “Aumento do investimento e custo do dinheiro, basicamente, pois esses dois são fatores os que atraem o investidor.”
3-Quais as perspectivas para 2018? Pessimistas ou otimistas?
– “Ainda pessimistas para a cadeia produtiva no Brasil, os projetos em andamento são projetos antigos e nada de novo irá entrar.”
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