ALÉM DA ENERGIA NUCLEAR, ARÁBIA SAUDITA TAMBÉM INVESTE NA EÓLICA E NA SOLAR PARA DIVERSIFICAR MATRIZ
A vida na Arábia Saudita vem há tempos sendo definida pelo petróleo que jorra no reino. Ao longo de décadas, a grande riqueza que trouxe e pagou não apenas as torres brilhantes e os shopping centers, bancou o setor do governo que emprega a maioria dos trabalhadores sauditas. Agora, a Arábia Saudita está tentando atrelar seu futuro a outro recurso natural que possui em abundância: a luz do sol. O maior exportador de petróleo do mundo está embarcando, sob a inspiração do príncipe Mohammed Bin Salman, em um esforço ambicioso para diversificar sua economia e revigorar o crescimento, em parte colocando dinheiro em energias renováveis. O governo saudita quer não apenas remodelar seu modelo energético, mas também se tornar uma força global da energia nuclear, eólica e energia solar. Alcançar esse objetivo é uma grande questão. A estratégia, porém, está finalmente fazendo progressos depois de alguns ajustes e recomeços.
O governo saudita está pressionando a empresa de energia ACWA Power a construir uma fazenda solar para eletricidade suficiente para cerca de 40 mil casas. O projeto vai custar US$300 milhões e criar centenas de empregos. Os Árabes também desenvolvem negociações com a russa Rosatom para instalar usinas nucleares no país. Até o final do ano, a Arábia Saudita planeja investir cerca de US$7 bilhões no desenvolvimento de sete usinas solares e grandes fazendas eólicas. O país espera que os meios renováveis, que agora representam uma quantia insignificante da energia utilizada, possam representar até dez por cento de sua geração de força até o final de 2023.
A Arábia Saudita talvez esteja exagerando quando se trata de renováveis. O reino adotou alvos ambiciosos de energia verde vários anos atrás, mas nenhum projeto importante foi realizado, e pouca coisa mudou. A maior fazenda solar em operação no país cobre o estacionamento da empresa nacional de petróleo, a Saudi Aramco, em Dhahran. A apenas alguns quilômetros de uma área cercada onde fica o primeiro poço de petróleo comercialmente viável do reino, ela gera energia suficiente para um prédio de escritórios. A fazenda solar saudita Aramco, que abrange cerca de 4.500 pontos de abastecimento, em Dhahran. Ainda assim, os experimentos com energia solar têm sido um catalisador importante, e a empresa montou uma equipe de especialistas em energia renovável. A experiência ajudou a Arábia Saudita a focar em painéis solares convencionais e não em
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