MENDES JÚNIOR ESTÁ IMPEDIDA DE FAZER CONTRATOS COM O GOVERNO POR TRÊS ANOS
Já era hora do Tribunal de Contas da União melhorar a sua visão. Ao invés de punir as empresas, acabando com empregos e milhares de pessoas, o correto seria destituir os empresários acusados por fraudes ou condução irresponsável e exigir comprometimento dos novos administradores. Veja o que aconteceu com a Mendes Júnior, já tão combalida pelas ações da Operação lava Jato: O TCU proibiu a construtora Mendes Junior de assinar contratos com o governo federal por três anos. A punição à empresa foi tomada pelo plenário do tribunal na análise de fraudes em licitações conduzidas pela Petrobrás, relacionadas a obras de implantação da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca-PE.
O processo teve como origem informações obtidas na Operação Lava Jato que apontavam ajuste prévio entre as licitantes e corrupção de ex-dirigentes da Petrobrás. A medida tomada – declaração de inidoneidade – é uma das mais graves que podem ser aplicadas a empresas. Cabe recurso. A empresa não quis comentar o assunto. O voto do relator, Benjamin Zymler, destacou que a existência da atuação do cartel foi apurada ao longo do processo e que, de acordo com o cálculo tradicionalmente usado pelo TCU em relação a contratos da Petrobrás, a atuação dos arranjos de preços levou a um prejuízo de R$ 1,9 bilhão nos contratos analisados, como consequência de uma redução em aproximadamente 17% do valor do desconto que seria ofertado no caso de um cenário competitivo. Numa economia ágil e atuante, como a alemã ou norte-americana, os executivos seriam punidos com o rigor da lei e as empresas e os empregados, que nada tem a ver com o problema, perdem seus empregos.
Este modo de punição é imbecil e não resolve nada. As firmas deveriam pagar as multas e os funcionários envolvidos afastados. O que adianta o Brasil ficar parado esperando milagres que não existem.