RELATÓRIO DO GREENPEACE INDICA A QUEDA DO NÚMERO DE USINAS MOVIDAS A CARVÃO EM TODO MUNDO
Pelo segundo ano consecutivo, o número de usinas a carvão em desenvolvimento no mundo caiu acentuadamente em 2017, principalmente em decorrência das grandes quedas na China e na Índia, países que estão investindo firmemente em energia limpa, com os maiores projetos de construção de energia nuclear. Como o Petronotícias noticiou, a energia nuclear virou uma questão de saúde pública nesses dois países, principalmente na China. A informação da queda do númro de usinas a base de carvão foi constatada através de um estudo e da publicação de um novo relatório divulgado hoje (22) pelo Greenpeace, o Sierra Club e CoalSwarm. O relatório é a quarta pesquisa anual sobre novos projetos de usinas de carvão. Suas descobertas incluem uma queda anual de 28% nas usinas de carvão recém-concluídas (41% nos últimos dois anos), uma queda anual de 29% no início de novas obras (73% nos últimos dois anos) e uma queda de 22% nas plantas em licenciamento e planejamento (59% nos últimos dois anos). As razões para o contínuo declínio na expansão da energia do carvão incluem restrições mais rígidas a novos projetos de usinas de carvão pelas autoridades centrais chinesas e um amplo recuo do financiamento de carvão pelo capital privado na Índia. A construção de usinas de carvão na Índia está congelada em 17 locais.
O relatório também mostra que um recorde histórico de fechamento de usinas a carvão nos últimos três anos, totalizando 97 gigawatts (GW), liderados pelos EUA (45 GW), China (16 GW) e Reino Unido (8 GW). Com base na tendência ascendente de fechamento nas últimas duas décadas, o relatório previu que a base mundial de carvão começará a encolher em 2022, à medida que o fechamento de usinas antigas de carvão superar a nova capacidade de geração de carvão. Globalmente, uma campanha de eliminação de carvão está ganhando força, apoiada por compromissos de 34 países e entidades subnacionais. Em 2017, apenas sete países iniciaram a construção de novas usinas a carvão em mais de um local. O ativista global do greenpeace, Lauri Myllyvirta, disse que “A queda na construção de usinas a carvão e a aceleração de seus fechamentos são excelentes notícias para a saúde pública – a poluição gerada por usinas a carvão é responsável por centenas de milhares de mortes prematuras a cada ano no mundo. Apesar da desaceleração na construção, a situação de excesso de capacidade continuou a piorar, especialmente na China, Índia e Indonésia, à medida que novas plantas continuam a entrar em operação”.
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