ABIOGÁS E ABRELPE FAZEM PARCERIA PARA PROJETOS NA ÁREA DE BIOGÁS E RESÍDUOS URBANOS
A Associação Brasileira de Biogás e Biometano (ABiogás) e a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) firmaram uma importante parceria para estudos e monitoramento do potencial energético existente nos resíduos. A intenção é subsidiar órgãos governamentais, empresas públicas e privadas, terceiro setor e especialistas sobre o tema. Futuramente as duas Associações também pretendem promover análises sobre o potencial energético na área de resíduos. A união chega em um momento importante em que o debate sobre a gestão correta do lixo e a crescente demanda por energias renováveis é mais intensa e necessária no Brasil. As duas Associações pautam parte de suas ações em atividades de pesquisa, estudos e monitoramento dos respectivos setores, como a Proposta de Programa Nacional do Biogás e do Biometano (PNBB), feito pela ABiogás, e o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, publicado anualmente pela Abrelpe.
Camila Agner D’Aquino, gerente executiva da ABiogás, disse que “A expertise de décadas da Abrelpe no setor de resíduos urbanos somada ao conhecimento da ABiogás sobre o potencial de biogás darão subsídios para os formadores de opinião e tomadores de decisão notarem a riqueza existente nos resíduios sólidos urbanos”. Segundo os dados, o potencial de biogás no setor de resíduos urbanos é de quase 4 bilhões de m3 por ano, isso representa mais de 10 mil megawatt de energia que deixa de ser aproveitada. Existem no Brasil cerca de dois mil aterros, mas apenas 19 geram energia elétrica a partir do biogás, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Além disso, após a regulamentação do uso e venda do biometano de saneamento pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a energia gerada nos aterros pode substituir o diesel usado pelos caminhões na coleta, reduzindo o impacto do transporte e destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Segundo a Abrelpe, os brasileiros produzem 219 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos todos os anos, o que reapresenta mais de 1 quilo por pessoa. Sem um tratamento correto, o destino de tudo isso é um grande problema para as cidades.
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