GREENPEACE VOLTA A ESTUDAR POSSÍVEIS DANOS DA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO AOS CORAIS DA AMAZÔNIA
O Esperanza, um dos navios do Greenpeace, está de volta à região dos Corais da Amazônia, no Brasil, para uma nova expedição científica. Durante aproximadamente 30 dias, ativistas navegarão pelo setor norte do recife (região mais próxima da costa do Amapá) e espera encontrar novas informações sobre espécies que habitam a região e sobre as características desse ecossistema único. Esta expedição pode responder questões sobre os reais impactos da exploração de petróleo perto dos Corais da Amazônia. O Greenpeace acredita que seja crucial para impedir que as empresas comecem a operar na região. Em 2016, Alguns dos pesquisadores falaram sobre um estudo que mostrava a existência do bioma. Na expedição feita pela ONG no ano passado, as regiões do recife de corais visitadas foram as localizadas ao sul e central, mas não foram feitas pesquisas, mas sim as primeiras imagens dos Corais da Amazônia em seu habitat natural.
O objetivo dessas expedições é defender o bioma recentemente descoberto da ameaça da exploração de petróleo, que está sendo organizada pela empresa francesa Total. A Total está tentando obter a licença para explorar petróleo na região. O Ibama já negou outras duas vezes.. A petrolífera submeteu ao órgão brasileiro uma versão nova, apontando os planos e riscos operacionais. O Ibama pode negar ou conceder a licença nas próximas semanas.
O objetivo dessas expedições é defender o bioma recentemente descoberto da ameaça da exploração de petróleo. A empresa francesa Total está tentando pela última vez obter a licença para explorar petróleo na região. Isso porque o Ibama já negou outras duas vezes o EIA dela. A petrolífera submeteu ao órgão brasileiro uma versão nova, apontando os planos e riscos operacionais. O Ibama pode negar ou conceder a licença nas próximas semanas. Um estudo externo comissionado pelo Greenpeace sobre o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Total aponta que caso aconteça um vazamento nas plataformas da empresa, ela deveria considerar que a chance de petróleo atingir a região dos Corais da Amazônia é de até 100%.
A Total analisou como os sedimentos do rio Amazonas poderiam aumentar a quantidade de petróleo descendo para o fundo do mar, e os resultados foram inconclusivos. Segundo o estudo do Greenpeace, esse EIA é incapaz de calcular a quantidade de petróleo que atingiria o fundo do mar. Para o Greenpeace, está claro que um desastre afetaria a fauna marinha, o boto cor-de-rosa, o golfinho da Guiana e as rotas migratórias das tartarugas-marinhas-verdes. Thiago Almeida, especialista em Energia do Greenpeace Brasil, diz que: “Sem essas informações, deveríamos assumir que todo o óleo da superfície pode chegar ao fundo do mar. Isso aumenta para até 100% a probabilidade de petróleo alcançar os Corais da Amazônia. É um risco inaceitável”.
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