POLÍCIA FEDERAL RESPONSABILIZA EX-PRESIDENTA PELA VENDA DA REFINARIA DE PASADENA COM PREJUÍZOS
Não deu outra. A ex-presidenta Dilma Roussef foi responsabilizada pela Polícia Federal de ter sido a responsável pelos prejuízos milionários causados na venda da Refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. Pelo menos duas perícias produzidas pela Polícia Federal apontaram esta responsabilidade. Na época da compra, Dilma era a presidenta do Conselho de Administração da Petrobrás e votou favorável ao negócio. os laudos periciais são considerados provas nos processos judiciais e poderão ser utilizados para subsidiar a abertura de investigação contra os integrantes do conselho. No entendimento dos peritos, o sobrepreço pago pela Petrobrás à belga Astra Oil foi de US$ 741 milhões. A Petrobrás comprou Pasadena em duas etapas, em 2006 e 2012. Na primeira, pagou US$ 359 milhões por 50% da refinaria à Astra Oil – que, no ano anterior, havia desembolsado US$ 42 milhões por 100% dos ativos da planta. A investigação deu origem à denúncia em que a Lava Jato acusa o senador cassado Delcídio Amaral e outros nove por corrupção e lavagem de US$ 17 milhões provenientes da compra de 50% da refinaria.
Além de Dilma, na época, também participaram da reunião do conselho como conselheiros: Antonio Palocci, Cláudio Haddad, Fábio Barbosa, Gleuber Vieira e José Sergio Gabrielli. Para os peritos da PF, os conselheiros não agiram com zelo para fazer a análise da operação. Diante da constatação, a Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancários de todos eles como como caminho para prosseguir a investigação. A ex-presidenta justificou a venda baseada em um “resumo tecnicamente falho”, que omitia cláusulas das quais, se tivesse conhecimento, não aprovaria a aquisição. No laudo, os peritos avaliam que o ex-diretor de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró pode ter repassado informações imprecisas ao conselho, ao afirmar que gerentes da empresa se desvirtuaram do conteúdo das análises econômico-financeiras apresentadas ao colegiado. Os peritos afirmam que o papel dos conselheiros era de evitar desvios dos diretores, em especial naqueles atos que exigem a sua expressa autorização.
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