PRESIDENTE DA TRADENER DEFENDE URGÊNCIA NA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRÁS
O Presidente da Tradener, Walfrido Ávila, disse que não tem mais sentido manter a Eletrobrás sob o comando do Estado. Para ele, a privatização da empresa, reivindicada por uma parcela da sociedade brasileira, é uma forma de dar um basta ao financiamento pelos contribuintes, por meio do Tesouro Nacional, “ são estatais falidas, administradas com cabides e abertas a uma série de dificuldades. Entra Governo, sai Governo, ninguém nunca buscou de fato fazer essas estatais funcionarem de forma eficiente, sem custos adicionais para a sociedade, contando quase sempre com a passividade dos contribuintes, no fim da linha.”
A Tradener investe em geração de energia renovável e é uma das maiores comercializadoras independentes de energia elétrica e gás natural do país, com foco nos consumidores livres de energia elétrica e produtores independentes. Foi a primeira empresa do Brasil autorizada pela Aneel a comercializar energia com consumidores livres e geradores no ambiente de contratação livre. Na avaliação de Walfrido Ávila, “É verdade que ainda não foi possível atender a todos os segmentos do setor elétrico nacional. Entretanto, em linhas gerais, se está fazendo um trabalho bastante positivo, visando à modernização do sistema elétrico brasileiro. Nessa linha, destaca-se que, depois de muito diálogo, foi possível colocar de pé uma agenda relevante, representada basicamente pela proposta de privatização do Sistema Eletrobrás e pela edificação de um novo modelo institucional, o qual também contempla a abertura e ampliação do mercado livre, ainda que prevendo mais um período de transição para isso”.
Outra questão fundamental que Walfrido Ávila aborda e que apenas começou a ser enfrentado o risco hidrológico, que trava todo o setor elétrico há muito tempo. “É preciso reconhecer que essa é a verdadeira herança maldita da gestão anterior e não é uma situação fácil de ser resolvida, mas temos que continuar empenhados na busca de uma solução para o futuro, pois não tem cabimento pensar em um novo setor elétrico com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) paralisada por causa dos débitos de GSF”. O GSF é a relação entre o volume de energia efetivamente gerado pelo Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) e a Garantia Física total do mecanismo. Todas as usinas hidrelétricas participam compulsoriamente do MRE.
No que se refere à efetiva abertura do mercado de energia elétrica, ele lembra que hoje o Brasil está mais atrasado do que os mais atrasados países da América Latina, o que considera extremamente vergonhoso. Para Ávila é necessário colocar um ponto final a esse atraso. Considera tímida a proposta apresentada, que ainda prevê vários anos de transição para a verdadeira liberdade de escolha por todos os consumidores: “Desde que se começou a falar nessa possibilidade, já há quase 25 anos, o segmento representado pelo mercado livre é o único que tem realmente proporcionado para a indústria nacional, de forma contínua e já consolidada, ganhos econômicos efetivos e de elevado montante financeiro, facilmente mensurável”.
Quem entrar no site da Tradener entenderá o que a firma faz. É óbvio que tem interesses na privatização da Eletrobras mas será que a privatização da Eletrobras é bom para o povo brasileiro?