VALLOUREC ALCANÇA NOVOS CONTRATOS NO PRÉ-SAL E VÊ NOVAS OPORTUNIDADES NO MERCADO DE ENERGIA
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Depois de investir R$ 5 bilhões em uma fábrica no estado de Minas Gerais, a Vallourec está com muitas e boas perspectivas para o mercado brasileiro. Nesse contexto, o pré-sal está sendo uma boa fonte de negócios. Recentemente, a empresa conseguiu a extensão de um contrato com a Petrobrás para o fornecimento de soluções tubulares. “O foco é fazer do País um hub dos produtos premium da Vallourec. Estamos fechando capacidade na Europa e aumentamos a capacidade no Brasil para atender [à demanda]”, explicou o executivo Hildeu Dellaretti Junior. Ele acrescenta ainda que a companhia nos últimos anos tem se dedicado bastante ao mercado de exportação, levando ao exterior os produtos desenvolvidos em solo brasileiro. Além disso, novos mercados estão no radar de oportunidades, como o caso do setor de energia, onde a empresa fornece dutos usados em usinas térmicas para fazer a condução do vapor até à turbina.
Quando começa a ser executado o novo contrato com a Petrobrás?
Ele começa na sequência. Na verdade, já tínhamos um contrato anterior com a Petrobrás. Não temos uma data exata, mas este novo contrato é sequencial ao anterior. O pré-sal é a fronteira tecnológica mais desafiadora que temos, em função da camada de sal em si e também às condições de altas pressões e temperaturas.
Fale um pouco do desafio tecnológico que a empresa enfrenta para entregar soluções com foco neste ambiente.
Usamos materiais que fogem um pouco do convencional. Ao longo dos anos, temos desenvolvido com a nossa equipe técnica – juntamente com a equipe da Petrobrás – materiais premium de alta liga para poder atender às demandas da estatal e o desafio tecnológico do pré-sal. Temos produtos desenvolvidos no Brasil pensando nas condições brasileiras. A liderança tecnológica [que desenvolve os produtos] fica no Brasil e várias soluções que temos com a Petrobrás foram feitas exclusivamente para o pré-sal.
Então, o pré-sal será cada vez mais o foco dos negócios da empresa?
O Brasil hoje é um hub de produtos premium da Vallourec, além do País ser um mercado importante para a empresa. Nesse contexto, está o pré-sal. Com os investimentos feitos recentemente no Brasil, uma nova planta que consumiu cerca de R$ 5 bilhões, em Jeceaba (MG), uma das mais modernas do mundo, o foco é fazer do País um hub dos produtos premium da Vallourec. Estamos fechando capacidade na Europa e aumentamos a capacidade no Brasil para atender [à demanda]. Sabemos que os últimos dois ou três anos foram difíceis em virtude da crise mundial e brasileira. Mas vemos que a Petrobrás e outras majors estão se voltando para o Brasil.
Em que fase está a operação desta unidade em Minas Gerais?
O começo da produção da fábrica foi em 2012. Agora, estamos alcançando uma maturidade [de operação], atingindo o platô de produção agora.
Além dos negócios com a Petrobrás, a empresa tem conseguido contratos com outras operadoras?
Nós temos vários contratos da nossa linha premium com outras operadoras de forma spot, onde é feita uma concorrência e entramos ofertando preços, prazo e qualidade. Nós fornecemos hoje para quase todas as operadoras offshore no Brasil.
Além do mercado de óleo e gás, quais outros setores despertam interesse?
Fornecemos também para mercado estrutural, construção pesada e leve, automotivo, máquinas agrícolas e também na área de power energy e geração de energia. Estamos vendo uma recuperação da indústria automotiva e a indústria de transformação está começando a puxar, mas ainda não está da forma como gostaríamos. A mesma coisa se aplica à construção civil. Além disso, nestes últimos dois ou três anos, focamos muito em exportação, que é um mercado muito importante para a Vallourec no Brasil. Exportamos para o mundo inteiro – África, Estados Unidos, Canadá, Austrália, entre outros.
O senhor mencionou também o mercado de energia. Quais seriam as oportunidades neste segmento?
No Brasil, temos uma linha de dutos que chamamos de power gen, usados em usinas térmicas para fazer a condução do vapor até à turbina. Temos uma linha especializada, conforme as normas de material, para este segmento. Além disso, existem empresas com províncias de gás onshore com gasodutos interligando-as a usinas térmicas. Então, também estamos nesse mercado.
Qual o planejamento estratégico da Vallourec para os próximos anos?
A estratégia é continuar acompanhando o desenvolvimento do petróleo offshore no Brasil, tanto em quesito de qualidade técnica dos nossos produtos quanto de atendimento e foco no cliente. Precisamos andar juntos com os clientes para dar suporte, com produtos de condições técnicas e comerciais para atender às necessidades do mercado offshore brasileiro. A linha premium é o nosso foco no Brasil.
O gestor da Vallourec deveria explicar com mais exatidão a forma que firmou contrato com a Petrobras para fornecimento de tubos para o pre sal, quando declarou: “tinha um contrato anterior com a Petrobrás. Não temos uma data exata, mas este novo contrato é sequencial ao anterior” Estamos diante de Contrato guarda chuva? Seria oportuno que a Vallourec informasse qual foi a modalidade de contratação bilionária para esse imenso quantitativo de tubos a serem utilizados no pré-sal. Já ouvi menção a contrato do tipo guarda chuva que entendo ser proibitivo pelas diplomas legais vigentes: Lei 8666, decreto 2745 e Lei… Read more »