ENI, GALP E GOVERNO PORTUGUÊS VÃO ENFRENTAR GRANDE PROTESTO CONTRA A EXPLORAÇÃO DE ÓLEO NO ALGARVE
Um mobilização popular contra a exploração de petróleo em uma das áreas mais bonitas de Portugal promete agitar o sábado(14) em Lisboa. A manifestação está organizada para insistir no cancelamento da prospecção de petróleo perto de Aljezur, vai juntar participantes de todo o país, de vários setores e áreas políticas. A passeata vai partir da praça Luís de Camões e dirigir-se à Assembleia da República.O Protesto está sendo organizado por 32 das principais organizações portuguesas de ambiente e de defesa do patrimônio, nacionais e locais, movimentos cívicos, autarcas e partidos políticos e é em razão da posição comum tomada em Loulé, dia 22 de Fevereiro, e subscrita por várias organizações, todas as associações empresariais do Algarve, a Região de Turismo, intelectuais e muitas personalidades portuguesas. O protesto quer a alteração da decisão de prolongar até final de 2018 o contrato de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo do consórcio internacional ENI/Galp em três concessões no oceano Atlântico, que incluem a realização de um furo de prospecção, em águas profundas, a cerca de 46 quilômetros de Aljezur.
A decisão foi tomada pelo secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, em Janeiro deste ano e contraria a resolução anunciada pelo primeiro-ministro, Antônio Costa, na conferência do Clima das Nações Unidas (COP22), em Marraquexe, em Novembro de 2016, de fazer evoluir a economia de Portugal para chegar a um modelo neutro em carbono até 2050. Para lembrar, em 2016, durante a consulta pública, mais de 42 mil cidadãos manifestaram-se contra a concessão da ENI/Galp para exploração ao largo de Aljezur, que também foi recusada pelos municípios do Algarve e Sudoeste Alentejano. Os argumentos para a recusa da prospecção de petróleo na costa do Algarve é o fato de “comprometer irremediavelmente a imagem internacional da região e implicar riscos para toda a faixa costeira, ameaçando a riqueza ambiental e ecológica, colocando em causa as principais atividades econômicas, como o turismo e a pesca,” dizem os ambientalistas.
Deixe seu comentário