PETROBRÁS AMPLIA SUA PRIVATIZAÇÃO PARA REFINARIAS MAS VAI ENFRENTAR FORTE RESISTÊNCIA DE SEUS EMPREGADOS
Ao mesmo tempo em que realizava um evento organizado pela própria Petrobrás que seria para ter subsídios no processo de privatização das refinarias, na verdade a estatal anunciava que estava confirmada sua intenção vender até 25% de sua capacidade de refino, como parte de seu plano de privatização de seus principais ativos e o modelo de negócios que iria usar. Presentes, Ministério das Minas e Energia, ANP e IBP. A ideia é transferir para empresas privadas a participação em dois grandes blocos regionais, que terão refinarias, dutos e terminais. O modelo apresentado nesta quinta prevê a venda de uma fatia de 60% de cada um dos blocos – um deles no Nordeste e outro no Sul. O bloco do Nordeste terá as refinarias Landulpho Alves, na Bahia, e Abreu e Lima, em Pernambuco, além de cinco terminais e 15 dutos de movimentação de petróleo e derivados. O bloco do Sul inclui as refinarias Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, além de sete terminais e nove dutos. A venda de refinarias enfrenta grande resistência de sindicatos de trabalhadores da companhia. A privatização das refinarias vai enfrentar uma dura resistência dos funcionários da companhia. Será uma batalha dura para a Pedro Parente vencer, com mais desgaste para imagem dele, que não parece se importar, e para o governo do Presidente Temer. Afinal, Parente já está com um pé na BRF. Uma garantia para quem vê o final de um governo mais impopular da história do Brasil.
As refinarias à venda representam 37% da capacidade de refino do país. Em apresentação enviada à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a companhia diz que manterá ao menos 75% dessa capacidade, com controle dos ativos dos blocos São Paulo/Centro-Oeste, o maior do país, Norte e Rio/Minas Gerais. Talvez não seja muito fácil para empresas privadas comprarem um bloco fechado dessas refinarias. Ninguém sabe ao certo a política de preços dos combustíveis que ficou mais ordenada, é verdade, na gestão de Pedro Parente, embora a política de anúncios diários dos preços seja um motivo para distribuidoras e postos aumentarem seus preços abusivamente e sem controle. Mas a independência de políticas governamentais foi um avanço. O que assusta os investidores é que amanhã ou depois não se saberá se os governos que virão serão fieis a esta política.
A empresa diz que a proposta garante ao comprador poder de precificação, captura das margens também da logística e acesso privilegiado ao mercado nacional. O modelo foi apresentado na manhã desta quinta(19) com participação de representantes do governo e do setor de petróleo. A venda de refinarias enfrenta grande resistência de sindicatos de trabalhadores da companhia. A Petrobrás chegou a programar o lançamento dos prospectos de venda de refinarias para maio de 2017, mas recuou diante de dúvidas internas sobre o modelo.
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