ARÁBIA SAUDITA QUER PETRÓLEO ENTRE 80 E 100 DÓLARES PARA FINANCIAR OUTRAS FONTES DE ENERGIA
A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo, quer ver o barril do petróleo entre80 e 100 dólares o barril, disseram três fontes do setor, em um sinal de que o reino não deverá buscar mudanças no acordo liderado pela OPEP para conter a produção mesmo que a meta original do grupo esteja próxima de ser alcançada. Nesta quinta-feira ( 19), o barril chegou ao seu maior valor desde 2014, passando de 73 dólares. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e alguns outros produtores começaram a reduzir a oferta em janeiro de 2017 para tentar acabar com um excesso de produção. Eles renovaram o pacto para até dezembro de 2018 e um encontro em junho está marcado para uma eventual revisão dessa política.
A Opep está chegando perto do objetivo original do pacto, que era reduzir os estoques de petróleo dos países industrializados para sua média de cinco anos. Mas não há indicação ainda de que a Arábia Saudita ou seus aliados queiram acabar com os cortes. Ao longo do ano passado, a Arábia Saudita surgiu como o principal apoiador das medidas da Opep para impulsionar os preços, em uma mudança ante sua postura mais moderada em anos anteriores. O Irã, antes um membro altista da Opep em relação aos preços, agora quer cotações menores que os sauditas. Os cortes de oferta da Opep ajudaram a impulsionar os preços do petróleo para o maior nível desde novembro de 2014. O petróleo, antes acima dos 100 dólares, um preço que os sauditas apoiavam em 2012, começou a cair em meados de 2014, em meio a uma crescente oferta de fontes rivais do cartel, como os EUA, que inundou o mercado. Uma vez que a venda da fatia na Aramco aconteça, Riad poderia continuar querendo preços mais altos para ajudar a financiar iniciativas como o plano de reforma econômica Visão 2030, patrocinado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.
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