SIEMENS MIRA NOVOS CONTRATOS DE GERAÇÃO PARA INDÚSTRIA E ENXERGA OPORTUNIDADES EM ÓLEO E GÁS | Petronotícias




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SIEMENS MIRA NOVOS CONTRATOS DE GERAÇÃO PARA INDÚSTRIA E ENXERGA OPORTUNIDADES EM ÓLEO E GÁS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

Armando JulianiJUNDIAÍ (SP) – Foco bem definido e nova expansão de negócios à vista. A Siemens quer ampliar sua presença no mercado de geração de energia para a indústria, um segmento que deve ter uma demanda maior por eletricidade conforme a economia retoma o ritmo de crescimento. Em suma, a ideia da companhia é construir plantas de geração próximas aos clientes e vender a energia produzida. Estes projetos serão realizados por meio da Guascor, uma empresa que faz parte do grupo alemão. De acordo com o diretor da divisão de Power Gas (PG) e Power Generation Services (PS), Armando Juliani, a Siemens já está em contato com dezenas de clientes para estudos e avaliação. O executivo afirma que a meta é assinar ao menos um contrato nesta modalidade no Brasil ainda em 2018.

Juliani explica que existem alguns nichos de mercado que são potenciais clientes para este tipo de projeto independente de geração de energia, como multinacionais e indústrias de processo. Em alguns casos, onde os clientes, por exemplo, possuem uma fábrica com sobra de vapor, pode-se aproveitar este excedente para gerar a própria energia. A produção independente de energia pode ser vantajosa para o segmento industrial, que é muito mais crítico e dependente de uma geração firme e contínua, sem interrupções.

Como se sabe, a Siemens comprou a Dresser-Rand – fornecedora de soluções para óleo e gás – em 2014. E dentro do guarda-chuva desta empresa estava a Guascor, que atuava até então na área de geração de energia elétrica na condição de Produtor Independente de Energia. Naquela altura, a principal atividade da Guascor estava concentrada no fornecimento de eletricidade para áreas isoladas. Mas a Siemens viu a oportunidade de trazer esta expertise também para os clientes da indústria.

siemens jundiaiEnquanto a expansão no segmento industrial está em curso, a companhia tem cada vez mais fincado seus pés em outras fatias do setor energético no Brasil. A empresa realizou nos últimos dias a entrega de uma turbina a vapor para a usina termelétrica de Coari, no Amazonas. O contrato, no valor de R$ 470,7 milhões, foi assinado no ano passado e o equipamento foi construído em 210 dias. Além disso, recentemente, a Siemens conquistou um contrato para fornecer o turboredutor de condensação de 40 MW para a Usina Cerradão, em Frutal (MG). O equipamento a ser fornecido é a turbina SST-300, que será entregue no início do segundo semestre.

A turbina de Coari foi desenvolvida no Complexo da Siemens em Jundiaí (SP). E lá também onde será fabricado o equipamento para Cerradão. O complexo fabril possui 99 mil metros quadrados de área construída em um terreno de aproximadamente 243 mil metros quadrados. A unidade possui fábricas de transformadores, equipamentos e produtos de alta e média tensão, soluções em automação de energia, turbinas industriais e serviços, capacitores de alta tensão e inversores de frequência de grande porte (Large Drives), além de soluções voltadas ao setor de energia distribuída.

A fábrica também desenvolve soluções que podem atender ao setor de óleo e gás, que é um mercado com potenciais novos negócios para a Siemens, na visão do diretor da divisão de PG e PS da companhia. Juliani acredita que o segmento petrolífero brasileiro terá uma janela de oportunidade nos próximos anos, possibilitando a conquista de contratos. “Metade das oportunidades mundiais do setor de óleo e gás (do que está sendo contratado) estão no Brasil”, pontuou o executivo. Apesar de enxergar um crescimento das energias renováveis, o executivo afirma que os combustíveis fósseis vão permanecer ainda no mercado global, consequentemente trazendo chances de negócios – muitas delas, no Brasil.

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