RESULTADO DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2018 SURPREENDE COM LUCRO DE QUASE R$ 7 BILHÕES
Sem dúvida, a alta no preço do petróleo e os repasses imediatos da variação desses preços repassados imediatamente para o consumidor impulsionaram o lucro da Petrobrás de quase R$ 7 bilhões, em apenas três meses. A empresa voltará a pagar dividendos aos seus acionistas após quatro anos. No primeiro trimestre de 2018, a estatal lucrou R$ 6,96 bilhões, alta de 56,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foi o melhor resultado desde o primeiro trimestre de 2013, quando a Petrobrás lucrou R$ 7,69 bilhões. A principal explicação foi o aumento nas cotações internacionais do petróleo. No trimestre, o barris do petróleo Brent esteve cotado em média em US$ 66,8, contra US$ 53,8 no mesmo período do ano anterior. Com isso, a companhia obteve melhores margens na exportação de petróleo. A área de exploração e produção, por exemplo, teve aumento de 77% no lucro, para R$ 11,5 bilhões. Já área de refino, responsável pela venda de combustíveis, apresentou lucro 25% menor, de R$ 3 bilhões, com aperto nas margens de lucro.
A Petrobrás ainda contabilizou no trimestre resultado positivo de R$ 3,2 bilhões com a venda dos campos de Lapa, Iara e Carcará. Com os sucessivos prejuízos gerados por perdas com ativos investigados pela Polícia Federal e a Operação Lava Jato, a estatal não pagava dividendos desde 2013. Este ano, alterou sua política de remuneração aos acionistas para permitir o pagamento com base em lucros trimestrais. Nesta terça (8), anunciou a distribuição de R$ 652,2 milhões, o equivalente a R$ 0,05 por ação, a título de juros sobre o capital próprio. No balanço divulgado, a companhia apontou receita de R$ 74,4 bilhões, aumento de 9% em relação aos primeiros três meses de 2017. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro de juros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 25,7 bilhões, ante os R$ 25,2 bilhões do mesmo trimestre do ano anterior. Foi o 12º trimestre consecutivo de fluxo de caixa positivo. O endividamento líquido, principal preocupação da gestão atual da estatal, caiu 3,5%, para R$ 270,7 bilhões. Nos últimos meses, a companhia tem usado recursos de venda de ativos e sobra de caixa para antecipar o pagamento de dívidas. O prazo médio da dívida foi ampliado de 7,61 anos, no primeiro trimestre de 2017, para 9,26 anos.
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