SHELL, INNOSPECTION E SENAI CIMATEC CRIAM UM ROBÔ PARA INSPECIONAR CASCOS DE FPSOs
A Shell Brasil, a empresa britânica Innospection e o SENAI CIMATEC assinaram um contrato de parceria para o desenvolvimento de um robô para a inspeção de tanques de carga em serviço de navios-plataforma (FPSOs). Este robô chamado MCCR (MEC Combi Crawler Robot) será lançado a partir do convés principal e se moverá na parte externa de cascos de FPSOs operados pela Shell assim como nos demais FPSOs operando no Brasil. O robô será equipado com dispositivos para limpeza das incrustações marinhas e para a detecção de defeitos e anomalias na estrutura do casco. O desenvolvimento desta ferramenta permitirá uma maior eficiência na inspeção de tanques de armazenamento de óleo, melhorando a integridade e a segurança dos navios-plataforma. Estima-se uma redução de custos entre 20% a 30% na inspeção dos tanques, quando o uso do robô é combinado com outras ferramentas robóticas de inspeção, como os drones. O custo do projeto é de cerca de US$ 9 milhões, dos quais US$ 4,5 milhões serão aportados pela Shell Brasil através da cláusula de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
José Ferrari, Gerente de Tecnologia da Shell Brasil, está muito confiante com a nova tecnologia: “Estamos muito animados com esta promissora parceria, que deverá resultar na otimização do processo de inspeção de cascos de FPSOs, contribuindo também para o aperfeiçoamento da gestão da integridade estrutural deste tipo de ativo. Estamos ainda ansiosos em juntar dois parceiros importantes, como a Innospection e o SENAI CIMATEC, que já trabalharam em projetos relevantes da Shell no Brasil e no exterior”.
O diretor gerente da Innospection, Andreas Boenisch, acrescentou que “de várias maneiras este projeto já iniciou com grandes conquistas, que vão desde a colaboração em P&D entre uma empresa operadora, um instituto e uma empresa comercial de tecnologia, até a integração de diversas tecnologias de inspeção e limpeza de superfície num sistema robótico submarino que é quase autônomo. Estamos animados em trabalhar com uma grande equipe, em um outro continente, numa excelente solução para a indústria”.
Para Daniel Motta, Gerente de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC, o projeto tem fundamental importância na consolidação, em âmbito internacional, da competência em Robótica, que vem sendo desenvolvida desde 2013, com os primeiros projetos com a Shell, como o FlatFish. “Estamos desenvolvendo mais um projeto de alta relevância com a Shell para elevar a exploração de petróleo e gás a níveis cada vez mais avançados. É um projeto que fortalece o desenvolvimento tecnológico do Brasil, viabilizado pela combinação de recursos da ANP e da Embrapii, com a Innospection, um parceiro internacional de destaque”.
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