INB DESENVOLVE NOVA TECNOLOGIA E CRIA UM MINI ELEMENTO COMBUSTÍVEL PARA USINAS NUCLEARES
Avançando nas pesquisas e nas tecnologias, a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) desenvolveu mais uma técnica para a produção do combustível nuclear que abastece as usinas brasileiras. A empresa inovou construindo um elemento combustível de tamanho reduzido, capaz de garantir a alta precisão na calibragem dos colares de Nêutrons utilizados na medição da quantidade de urânio nos elementos combustíveis que compõem as recargas das usinas de Angra 1 e 2. O projeto e a montagem desse mini elemento combustível foram finalizados no segundo semestre de 2017. Em março de 2018, foi testado pelo Departamento de Energia dos EUA (DOE) e pelo Laboratório de Salvaguardas Nucleares da CNEN. Os resultados foram considerados muito bons.
Antes da produção desta tecnologia, os colares de Nêutrons eram calibrados diretamente no elemento combustível, que resultava em análises com imprecisão de até 5%. Com a calibragem feita pelo elemento reduzido, o índice caiu para cerca de 1%. Outra vantagem desta inovação, é que possibilita a remoção das varetas, viabilizando a sua reconfiguração e a realização de simulações. Suas características são similares ao Elemento Combustível tipo HTP, produzido para Angra 2, porém em escala reduzida. Cada vareta contêm 375 pastilhas. Cada pastilha pesa aproximadamente 10 gramas. Cada vareta dá mais de 3 quilos de urânio. Então, cinco varetas de urânio são mais de 15 quilos de urânio, que podem ser desviados. Com essa calibragem, não tem como ocorrer desvio de material nuclear. É possível ver exatamente o quanto de material e o grau de enriquecimento há no combustível.
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