ENGENHEIROS DA PETROBRÁS CRITICAM LEGADO DA GESTÃO DE PEDRO PARENTE | Petronotícias




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ENGENHEIROS DA PETROBRÁS CRITICAM LEGADO DA GESTÃO DE PEDRO PARENTE

Felipe CoutinhoA Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) também veio a público para comentar do pedido de demissão de Pedro Parente do cargo de presidente da estatal. A entidade, que sempre foi crítica em relação às decisões tomadas pelo executivo, como a venda de ativos valiosos, a política de preços de derivados de petróleo, o pagamento antecipado de uma multa para investidores estrangeiros, entre outras. Para a Aepet, um dos legados de Parente é uma série de “graves equívocos no plano de negócios e gestão/planejamento estratégico” como, por exemplo, a venda de gasodutos e termelétricas. Para a Aepet, estes são “ativos que monetizam e agregam valor ao gás natural, sabidamente combustível de transição para uma economia mais limpa”.

Queremos livrar a Petrobrás da herança deixada por Pedro Parente, sua política de preços antinacional e seu planos de negócios entreguista e privatista”, acrescentou a associação, presidida por Felipe Coutinho (foto). Sobre a política de preços, a entidade foi enfática, afirmando que ela é “Perversa, desastrada, entreguista”. “Só beneficia aos refinadores estrangeiros, ‘traders’ multinacionais e importadores concorrentes da Petrobrás. Acarreta gastos desnecessários, de bilhões de dólares, impactando o balanço de pagamentos”.

Leia abaixo na íntegra a nota da Aepet sobre a demissão de Parente:

PEDRO PARENTE saiu sem explicar porque a PETROBRÁS, sob seu comando, vinha praticando preços internacionais para os combustíveis, não obstante produzir e refinar petróleo no Brasil.

PEDRO PARENTE não explica porque tentou privatizar a PETROBRÁS DISTRIBUIDORA segunda maior empresa do BRASIL. Também não esclareceu a operação de venda da LIQUIGÁS, do setor GLP, vetada pelo CADE e a venda de mais de 2.000 km de gasodutos, com comprovados prejuízos para a companhia.

Construiu a ignorância sobre a PETROBRÁS e a deixa sem responder.

Por que manter preços no mercado interno acima dos internacionais, viabilizando a importação por concorrentes, enquanto a estatal perde participação no mercado e suas refinarias ficam ociosas?

Por que vender ativos valiosos, sem concorrência, em negociatas diretas, ao arrepio da lei, ao mesmo tempo em que a empresa mantém em caixa somas astronômicas, sempre superiores a US$ 20 bilhões?

Por que atender pleitos de fundos abutres americanos adiantando R$ 10 bilhões antes da conclusão do processo, ao mesmo tempo em que nega responsabilidade no déficit da Petros?

Por que atuou sempre no sentido de dar apoio aos que denegriam o nome da companhia divulgando falácias de que ela teria passado por problemas financeiros e nunca realçando a importância do pré-sal para a PETROBRÁS e o Brasil?

O demissionário mostra desprezo pela verdade ao afirmar na carta ao PRESIDENTE TEMER que “A empresa passava por graves dificuldades sem aporte de capital do tesouro, que na ocasião se mencionava ser indispensável e da ordem de dezenas de bilhões de reais”. Ao receber o comando como presidente encontrou caixa de R$ 100 bilhões, cerca de US$ 28 bilhões na época. O índice de liquidez corrente – acima de 1,50 – e a geração operacional de caixa superior aos US$ 25 bilhões por ano demonstram que a companhia tinha plenas condições de cumprir com seus compromissos.

O Sr. PARENTE derrete-se em elogios ao Conselho de Administração esquecendo-se que a contribuição mais expressiva e definitiva é a dos milhares de empregados.

“A PETROBRÁS é hoje uma empresa com reputação recuperada”, afirmação carregada de vaidade, jactância. A reputação da PETROBRÁS jamais foi abalada por práticas. CONDENAVEIS, REPULSIVAS DE POLÍTICOS CORRUPTOS, EMPRESÁRIOS DESONESTOS E BANDIDOS QUE NÃO SOUBERAM HONRAR A CAMISA DA PETROBRÁS.

PEDRO PARENTE finge desconhecer os graves equívocos no plano de negócios e gestão/planejamento estratégico, elaborado por sua orientação, vendendo gasodutos e termelétricas, ativos que monetizam e agregam valor ao gás natural, sabidamente combustível de transição para uma economia mais limpa. Retirando a companhia da Petroquímica, renunciando à produção de Biocombustíveis, etanol e biodiesel, abandonando empreendimentos do Refino e da produção de Fertilizantes. Decisões que já resultam em prejuízo na geração operacional de caixa e comprometem a segurança energética e alimentar do País.

Quanto à afirmação de que “me parece assim, que as bases de uma trajetória virtuosa para a PETROBRÁS estão lançadas”, nada mais falso. Em apenas dois anos PEDRO PARENTE vendeu, em processo tortuoso, marcado por muitos questionamentos na justiça, dezenas de bilhões, em ativos rentáveis, estratégicos, desintegrando a companhia.

Ao afirmar que “a política de preços da PETROBRÁS, sob intenso questionamento”, mais uma vez sofisma, tergiversa. A PETROBRÁS jamais praticou esta política. PARENTE deveria classificá-la como política da gestão PARENTE. Perversa, desastrada, entreguista. Ela só beneficia aos refinadores estrangeiros, “traders” multinacionais e importadores concorrentes da PETROBRÁS. Acarreta gastos desnecessários, de bilhões de dólares, impactando o balanço de pagamentos. Mantém ociosas nossas refinarias. Traz de volta o carvão e a lenha, formas rudimentares de energia, devido aos escorchantes preços do GLP. Arranha a imagem da PETROBRÁS. Política de PARENTE e não da PETROBRÁS.

O missivista é um arrivista na indústria do petróleo. Parte. Não deixa saudades para os PETROLEIROS. Talvez para os grupos estrangeiros, especuladores e oportunistas, ávidos pelo controle dos ativos da PETROBRÁS, vendidos a preços de fim de feira.

A mensagem de PARENTE, alinhada com a histeria de certos segmentos do “MERCADO” é uma condenação absurda e maliciosa da política. A PETROBRÁS é uma ESTATAL, sociedade de economia mista, pertence ao povo brasileiro. Tem uma missão que não se esgota no pagamento de dividendos. O MERCADO DE AÇÕES pode ser importante para os especuladores. Muito mais importante para a nossa PETROBRÁS é a SOBERANIA NACIONAL. São as contribuições da PETROBRÁS para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do BRASIL. Sua segurança energética. É preciso adotar a boa Política. Ela ainda é praticada por alguns. Estes podem ajudar a PETROBRÁS a cumprir sua nobre missão. Dos politiqueiros, dos que alugam os mandatos, dos que conquistam o poder por usurpação, e ou fraudes, os PETROLEIROS com os BRASILEIROS querem distância.

Queremos livrar a PETROBRÁS da herança deixada por PEDRO PARENTE, sua POLÍTICA DE PREÇOS antinacional e seu PLANO DE NEGÓCIOS entreguista e privatista.

ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA PETROBRÁS (AEPET), 01/06/2018

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Nelson T.joão batista de assis pereiraLuciano Seixas ChagasPedrão EntreguistaMarco Antonio Recent comment authors
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Manuel Freitas
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Manuel Freitas

Lamentável que essa mesma pseudo associação não se tenha pronunciado sobre os desvios e as roubalheiras executadas sob as suas barbas durante o período Petista e que tanto mal fizeram à Petrobrás e ao País.Nesses períodos só não viu os mal feitos econômicos e técnicos realizados,quem por motivos ideológicos aceitou decisões técnicas absurdas e inconsistentes . Essa atitude é tão grave ou maior do que o desvio de dinheiro como foi feito pelos já condenados pela lava jato.Mas de associações com viés ideológico só seria de esperar uma reação destas . Por outro lado é sinal evidente que a gestão… Read more »

Marco Antonio
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Marco Antonio

É preciso pensar no povo brasileiro.
O petróleo é nosso.temos refinarias, não justifica enviar nosso petróleo para ser refinado lá fora e comprarmos gasolina e derivados mais caros.
Parente, já vai tarde

Pedrão Entreguista
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Pedrão Entreguista

Pedro Parente foi um sucesso ????

Tá pagando 5 reais na gasolina e parece estar muito feliz né Sr. Mané (mané mesmo….).
É muita desinformação ou mau caráter esse tipo de opinião.

Luciano Seixas Chagas
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Luciano Seixas Chagas

Quem opina tem que provar o que fala quando arguido. Assim eu procedo. Quem tiver cuidado de ir ao site da AEPET verificará que nos tempos pretéritos a AEPET sempre se posicionou contrária a diversas tomadas de decisões que oneraram a Petrobras. O site é acessível a todos. A facilidade da internet é um perigo para os fabricadores de fakes e os que têm cultura de gibi, notas de rodapé ou de grossips, pois sempre publicam denegrindo pessoas e entidades sem quaisquer consequências jurídicas pelas inverdades. A grande imprensa idem com jornalistas que só repetem o que o dono manda.… Read more »

Luciano Seixas Chagas
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Luciano Seixas Chagas

Escrevi errado a palavra gossips

joão batista de assis pereira
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joão batista de assis pereira

As importantes informações e os acertos conferidos nas verdadeiras e imponentes crônicas do nobre profissional suplanta em muito o desvio do vernáculo.

joão batista de assis pereira
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joão batista de assis pereira

O SILÊNCIO DOS INOCENTES: Observamos a AEPET através de Felipe Coutinho vir a público para tecer ferrenhas críticas relacionadas às decisões tomadas pela Petrobras de Pedro Parente referida a venda de ativos valiosos, a política de preços de derivados de petróleo, o pagamento antecipado de uma multa bilionária para sócio e investidores estrangeiros, entre outras, terminando por qualificar a gestão de Parente como perversa, desastrada, entreguista, que só beneficia aos refinadores estrangeiros, ‘traders’ multinacionais e importadores concorrentes da Petrobrás, imputando gastos desnecessários, de bilhões de dólares, impactando o balanço de pagamentos brasileiro. Ainda que sejam verdadeiras as críticas e qualificações… Read more »

Nelson T.
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Nelson T.

Devemos privatizar a Empresa. com isto nos livramos destes senhores que aplaudem ou se omitem quando a saqueiam, corrompem e a destroem, e criticam aos qeu a recuperam.
São ideologicamente comprometidos com idéias estranhas, desejam que a Petrobras seja monopolística destruindo a pequena concorrência existente.
Por favor retirem o nome de Engenheiros da associação. Substituam-no por Energumenos. Não ofendam aos engenheiros.
Para mudar, só privatizando.
Tudo indica que o povo já está farto destes politicos da FUP e da AEPET.
Já está reagindo.