LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DO REATOR MULTIPROPÓSITO MOVIMENTA A COMUNIDADE NUCLEAR DO BRASIL | Petronotícias




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LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DO REATOR MULTIPROPÓSITO MOVIMENTA A COMUNIDADE NUCLEAR DO BRASIL

sA cerimônia de Lançamento da Pedra Fundamental do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) será nesta sexta-feira (8) no Centro Industrial Nuclear de Aramar (Iperó-SP), que marcará também os 30 anos do Centro Experimental de Aramar, inaugurado em 1988.  O evento terá a participação do Presidente Temer e dos ministros da Defesa, Saúde, Ciência e Tecnologia, e da Marinha. Marcará ainda o início dos testes de integração dos turbogeradores do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE). O RMB é um reator nuclear que tornará o Brasil autossuficiente na produção de radioisótopos – insumo fundamental para a fabricação de radiofármacos, de grande importância para o tratamento de doenças em diversas áreas da Medicina, como a cardiologia, oncologia, hematologia e neurologia. O LABGENE – parte essencial do Programa Nuclear da Marinha (PNM) – é o protótipo, em terra, da planta nuclear do futuro submarino com propulsão nuclear brasileiro.

O RMB está sob a responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear. Ele ficará no Município de Iperó, em uma área de 2,04 milhões de m2, cedida pela Marinha do Brasil e pelo Governo do Estado de São Paulo, próximo ao Centro Industrial Nuclear de Aramar. Além do reator nuclear de pesquisa, a área terá toda uma infraestrutura de laboratórios para realizar muitas outras atividades. Os principais laboratórios associados são: laboratório de processamento e manuseio de radioisótopos; laboratório de feixe de nêutrons; laboratório de análise pós-irradiação; e laboratório de radioquímica e análise por ativação, além de instalações de apoio para pesquisadores. O Empreendimento RMB, da forma concebida, será o catalisador para um grande centro de pesquisa nacional de aplicação de radiação.

O RMB será capaz de produzir os radioisótopos que o Brasil precisa, e que hoje são importados, reduzindo os riscos de desabastecimento e diminuindo os custos para a produção dos radiofármacos, o que permitirá maior volume de exames e tratamento de doenças, em especial de diferentes tipos de câncer. Isso significará melhores condições para o investimento na área médica, com a consequente ampliação do atendimento em medicina nuclear. Durante a 51ª Reunião de Cúpula de Chefes de Estado do MERCOSUL, foi celebrado o contrato entre a Fundação Parque de Alta Tecnologia da Região de Iperó (Fundação PATRIA) e a empresa argentina Investigación Aplicada (INVAP), com o propósito de iniciar o projeto detalhado dos sistemas nucleares para a futura construção do RMB. No final do mês dede março, a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (AMAZUL) e o Ministério da Saúde assinaram um acordo de cooperação técnica que garante investimento de R$ 750 milhões, a serem aportados até 2022, para a implantação da parte do Empreendimento voltada para a fabricação dos componentes de interesse da medicina nuclear brasileira.

O Programa Nuclear da Marinha (PNM) foi iniciado em 1979, em razão da necessidade estratégica do País possuir submarinos com propulsão nuclear. Concebido para utilizar tecnologia totalmente nacional e independente, o Programa foi dividido em duas vertentes: o domínio do ciclo do combustível nuclear e o desenvolvimento de uma planta nuclear de propulsão naval. Atualmente, graças ao PNM, o Brasil domina o ciclo completo do enriquecimento do Urânio e estamos construindo, na cidade de Iperó (SP), no Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), um Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE), que é o protótipo, em terra, da planta nuclear do nosso primeiro submarino com esse tipo de propulsão.

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