MAIS DE 80 NAVIOS TANQUES ESPERAM NA COSTA PARA TRANSPORTAR O PETRÓLEO VENEZUELANO
Está cada vez mais crítica a situação da Venezuela do ditador Nicolás Maduro. Agora a PDVSA está quase um mês atrasada na entrega de petróleo aos seus clientes a partir de seu principal terminal de exportação. Segundo dados de embarques, com atrasos crônicos e a redução na produção do país ameaçando levar ao rompimento de contratos da estatal venezuelana se os envios não forem liberados em breve. A petroleira levantou a perspectiva de que as entregas poderiam ser interrompidas para algumas das maiores refinarias do mundo, caso ela não consiga acabar com um gargalo em seus navios-tanque que tem contribuído para uma forte queda nas exportações de petróleo, que são a principal receita do país.
Os navios-tanques que aguardavam para carregar mais de 24 milhões de barris de petróleo, quase o montante que a PDVSA embarcou em abril, estão parados no principal porto de embarque de petróleo do país. O acúmulo é tão grande que a companhia disse para alguns consumidores que pode declarar força maior, o que permitiria uma suspensão temporária dos contratos, caso os clientes não aceitem novos termos de entrega. A Venezuela enfrenta ameaças de sanções norte-americanas e está em meio a uma crise econômica.
Mais de 80 navios-tanques estão aguardando em águas venezuelanas. Metade deles à espera de serem carregados com petróleo e produtos refinados para exportações. Os atrasos têm se acumulado desde maio, quando a PDVSA teve ativos confiscados, o que forçou a companhia a parar de usar instalações no Caribe para armazenar e carregar cargas. Mas o descumprimento de contratos de fornecimento de petróleo pela PDVSA começou há meses, quando a redução na produção se acelerou, segundo documentos internos da companhia. Em abril, a PDVSA embarcou 1,49 milhão de barris por dia em petróleo e combustíveis para seus clientes, 665 mil bpd abaixo dos 2,15 milhões contratados.
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