JAPÃO APROVOU O DESCOMISSIONAMENTO TOTAL DA USINA DE TOKAI
A Autoridade de Regulamentação Nuclear do Japão (NRA)) aprovou hoje(13) o plano de descomissionamento da mais antiga fábrica de reprocessamento do país. A Agência de Energia Atômica do Japão (JAEA) anunciou em setembro de 2014 que desligaria permanentemente a usina de reprocessamento em Tokai. As modificações exigidas na planta de acordo com os novos regulamentos de segurança pós-Fukushima eram muito caras, por isso a decisão de dEscomissioar a usina. As Novas regras de segurança para instalações de ciclo de combustível japonesas entraram em vigor no final de 2013. Segundo essas regulamentações, as usinas de reprocessamento precisam demonstrar que há segurança e contramedidas especificamente para ataques terroristas, explosões de hidrogênio, incêndios resultantes de vazamentos de solvente e vaporização de resíduos líquidos.
A JAEA apresentou um plano à ARN para aprovação do descomissionamento desmantelamento em 30 de junho de 2017 e efetuou alterações ao plano em 2 de fevereiro e 5 de junho de 2018. A NRA deu hoje a sua aprovação ao plano para a fábrica de reprocessamento de Tokai. Cerca de 310 latas de resíduos vitrificados altamente radioativos e cerca de 360 metros cúbicos de água radioativa estão atualmente armazenados no local da usina, informou a agência de notícias Kyodo. O plano prevê que resíduos mais radioativos sejam enterrados a mais de 300 metros de profundidade,. Os resíduos de nível intermediário sejam enterrados também sejam há pelo menos 200 metros e os resíduos de baixo nível podem ser enterrados perto da superfície. Estima-se que levará cerca de 60 anos para descomissionar a usina, a um custo projetado de quase US$ 9 bilhões. Deste montante, serão necessários 770 milhões para o descomissionamento da fábrica e a eliminação de resíduos, sendo necessários 2,19 mil milhões para o trabalho preparatório de dez anos.
A construção da usina de reprocessamento Tokai começou em 1971, com operação experimental iniciada em 1977. A usina entrou em operação plena em 1981, mas permanece inativa desde 2006, quando um contrato para reprocessamento de combustível usado em reatores comerciais de energia chegou ao fim. A usina foi usada principalmente para o processamento de combustível de óxido misto do Reator Térmico Avançado (ATR) experimental da Fugen, que deixou de funcionar em 2003. A usina reprocessou um total de 1052 toneladas de combustível usado, compreendendo 88 toneladas de combustível do Fugen ATR, 644 toneladas de combustível do reator de água fervente, 376 toneladas de combustível do reator de água pressurizada e 9 toneladas de combustível do Japan Power Demonstration Reactor.
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