NOVA FASE DA LAVA JATO PRENDE EX-DIRETOR DE SUBSIDIÁRIA DA PETROBRÁS
A 52ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira (21), prendeu executivos que tinham cargos dentro de subsidiárias da Petrobrás. Um dos alvos dos investigadores é o ex-diretor da Petrobras Química S/A (Petroquisa), Djalma Rodrigues de Souza, preso preventivamente hoje, no Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público Federal, foram encontrados indícios de que ele recebeu propina do grupo Odebrecht em troca de favorecimentos na assinatura de contratos entre a empresa química e a empreiteira.
O MPF diz ter encontrado documentos comprovando que Djalma teria recebido R$ 17,7 milhões do grupo Odebrecht de “modo dissimulado”. Foi utilizada conta bancária na Suíça, titularizada por empresa offshore controlada pelo filho do ex-diretor da Petroquisa, Douglas Campos Pedroza de Souza. Contra ambos foram expedidos mandados de prisão para cumprimento nesta manhã. Douglas não foi encontrado pelos agentes da PF, mas já informou que irá se apresentar à polícia.
Ao todo, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária. Cerca de 40 policiais federais atuaram no cumprimento das ordens judiciais.
“As informações e provas reunidas até o momento demonstram que o Grupo Odebrecht foi favorecido na obtenção de contratos, em troca de repasses de recursos a funcionários da empresa, quer seja através da entrega de valores em espécie, quer seja através de remessas para contas bancárias estabelecidas no exterior”, explicou a Polícia Federal. A operação de hoje foi batizada de Greenwich, que é uma referência a uma das contas bancárias mantidas no exterior para o recebimento de valores indevidos e transferidos pela Odebrecht.
Os presos foram escoltados para a sede da Polícia Federal em Curitiba/PR, onde permanecerão à disposição do Juízo da 13ª Vara Federal, do juiz Sérgio Moro.
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