INSTABILIDADE NO MERCADO ÁRABE PODE ELEVAR AINDA MAIS O PREÇO DO BARRIL DE PETRÓLEO
A gigante saudita do petróleo Saudi Aramco planeja alterar a fórmula usada para precificar suas vendas de petróleo de longo prazo para a Ásia a partir de outubro, marcando a primeira mudança de seus preços oficiais de venda desde meados da década de 1980. A pressão americana por mais óleo e a tentativa de bloquear as vendas de petróleo do Irã, aqueceram o mercado. A nova fórmula será baseada nos preços médios mensais dos contratos futuros de petróleo em Omã, negociados na Bolsa de Dubai (DME), e no preço médio à vista de Dubai avaliado pela agência S&P Global Platts, em vez da média dos preços avaliados em Omã e Dubai pela Platts, disse a Aramco. Embora a decisão da Arábia Saudita tenha surpreendido o mercado, uma proposta para mudar referências está sendo discutida internamente há mais tempo.
Os futuros de petróleo operam em direções contrárias, na esteira de dados favoráveis sobre os estoques americanos. O American Petroleum Institute (API) estimou que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA teve queda de 4,5 milhões de barris na última semana. Além disso, o API apontou reduções nos estoques de gasolina e de destilados, de 3 milhões e 400 mil barris, respectivamente. Como ontem (4) foi feriado nos Estados Unidos, o Departamento de Energia (DoE) só publicará o levantamento oficial sobre estoques americanos no final do dia de hoje(5) que inclui também números de produção. Problemas de oferta na Líbia são outro fator que tende a sustentar a commodity. No começo da semana, a estatal líbia National Oil Co. (NOC) declarou força maior em embarques de petróleo depois que uma facção militar impediu navios de entrarem em alguns portos locais. O fornecimento líbio de cerca de 850 mil barris por dia foi comprometido. Estrategistas acreditam que não demorará para superar a barreira de US$ 80 por barril, tendo a Líbia como um dos principais motivos, além do Irã e da necessidade americana.
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