TCU PROÍBE A OAS DE FAZER CONTRATOS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR UM PERÍODO DE CINCO ANOS
Um novo revés para a Construtora OAS. Além de estar em recuperação judicial, recebeu hoje(1) a informação de que o Tribunal de Contas da União ( TCU) proibiu a empresa de fazer novos contratos com a administração pública federal pelos próximos cinco anos. A empresa é acusada por formação em cartel e fraudes em licitação em contratos de obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, apuradas no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão, no entanto, ainda cabe recurso no próprio TCU, com efeito suspensivo. Os contratos da empresa que já estão em vigência poderão seguir normalmente. A empresa alegou que, por estar negociando acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU), deveria ser poupada de tal punição. O advogados da empresa disse que “A OAS tem direito de que o órgão competente, CGU, se pronuncie acerca do acordo de leniência antes de haver a conclusão nessa casa do processo sancionatório com a possível aplicação da pena de inidoneidade”.
O relator, Benjamin Zymler, disse que a empreiteira não assinou qualquer acordo até agora, não reconheceu débito no TCU, não trouxe informações para que o tribunal calculasse o sobre-preço das obras e, que outras empresas já prestaram informações que comprometiam a OAS: “Se a tese da OAS fosse um imperativo categórico e tomássemos como máxima universal, o tribunal ficaria tolhido de analisar e declarar inidoneidade. O TCU ficaria esperando eternamente que essas tratativas pudessem se encerrar”. A OAS está passando por dificuldades financeiras. A empresa perdeu muito mercado e a credibilidade em função da operação Lava Lato. Dos 123 mil funcionários que tinha em 2014, tem apenas 18 mil. Ainda é uma grande empresa, mas sofreu grande transformação. O presidente da empresa, Léo Pinheiro (foto), ainda está preso em Curitiba, cumprindo sua condenação na Lava Jato.
Eis uma questão sem solução no Brasil. Proibi-se uma firma de participar de concorrências públicas sendo que o arcabouço da firma foi toda baseada em concorrências públicas. Como a empresa vai se recuperar e pagar suas dívidas? Não podemos nos iludir, o grosso de grandes obras são públicas em seus diversos níveis. Entendo que a punição deveria ser financeira e de mudança de postura. Sendo um pais de cerne corrupta, desconfia-se a até deste tipo de condenação. A condenação deste não está beneficiando aquele?
Perfeita a observação do Manoel. Que se prenda por muito tempo os corruptos e corruptores mas, via interventores deveríamos salvar as indústrias e empresas nacionais. O TCU parece representar empresas alhures ao assim se posicionar bem como os novos procuradores, que apesar de terem iniciado um belíssimo trabalho de combate a corrupção, se perdem completamente no contexto e na narrativa bem conduzida pelos de fora, que não admitem que tenhamos empresas nacionais pujantes. A consequências está aí sob a forma de inanição industrial e desemprego. A nossa engenharia está indo para as cucuias. Enquanto isso na Alemanha, nos USA, na… Read more »